TELETIPO
Uma comissão de parlamentares britânicos concluiu que é necessário criar uma lei sobre a privacidade das pessoas. Se a iniciativa for levada adiante, a imprensa da Grã-Bretanha, que lucra pesado com fotos e reportagens sobre a vida íntima de celebridades, pode iniciar campanha denunciando censura. Os parlamentares afirmam que a Press Complaints Comission (Comissão de Reclamações contra a Imprensa) falhou em instituir um sistema de auto-regulação na mídia, o que torna a lei necessária: processos contra jornais e TVs são cada vez mais comuns e os juízes não têm base legal para julgar. Informações da Reuters [16/6/03].
O governo afegão, hoje apoiado pelos EUA, proibiu a circulação do semanário Aftaab, que publicou artigos julgados blasfemos no país. Mir Hussein Mehdavi, editor-chefe, foi preso. Abdul Hamid Mubariz, representante do Ministério da Informação e Cultura do Afeganistão, disse que os textos levantavam dúvidas sobre o Alcorão, livro sagrado islâmico. Funcionários da revista não puderam ser contatados para comentar, e as cópias de Aftaab que estavam à venda foram confiscadas, conta Sayed Salahuddin [Reuters, 18/6/03]. Questões que envolvem o islamismo e sua interpretação costumam gerar paixões no Afeganistão, país de tradição conservadora e de uma linha-dura, liderada pelos talibãs, reinante até pouco tempo.