Monday, 23 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Paulo Ricardo Moreira

TV GLOBO

“Novos comentaristas ganham espaço nos telejornais da TV Globo”, copyright O Globo, 20/07/03

“Um é cronista esportivo irreverente e mordaz, o outro é ex-árbitro de futebol muito bem-humorado. Eles são, respectivamente, Renato Maurício Prado, colunista do GLOBO, e Arnaldo Cezar Coelho, comentarista de arbitragem. Colegas de debates no ?Bem Amigos?, do canal pago Sportv, os dois assumiram há poucas semanas um espaço para análises de futebol dentro de telejornais da Rede Globo: Renato aparece sempre às segundas e quintas-feiras, no ?Jornal da Globo?, e Arnaldo às terças, no ?Bom dia, Brasil?.

– Sempre quis fazer TV, mas nunca tive tempo para me dedicar a esse trabalho. Ainda me sinto um iniciante – conta Renato Prado, que já tinha participado há cinco anos de uma mesa-redonda no canal 35 da Net.

Em suas intervenções de três a cinco minutos no ?JG?, Renato diz que continua sendo brincalhão, dá notícias de bastidores e conta historinhas folclóricas, exatamente como faz em sua coluna no jornal. Mas ele admite que na TV tem um pouco mais de cuidado, porque a repercussão de tudo o que fala é nacional:

– A coluna é mais carioca. Já o ?Jornal da Globo? é visto no país inteiro. Não penso em agradar a todos, não. Gostaria de ter com os telespectadores uma relação igual à que tenho com os leitores. Que eles ouçam o que digo, mesmo que seja para discordar.

Renato acha que o papel do colunista é despertar amor e ódio, sim, com opiniões firmes sobre futebol, tênis, vôlei ou Fórmula-1. E garante que não se importa com a irritação dos mais apaixonados. No ?JG?, ele tem recebido e-mails de pessoas que ainda não conheciam seu estilo irreverente e polêmico.

– Nunca deixei de ser repórter. – diz Renato. – Por causa disso, quero sempre levar notícias exclusivas para o telejornal.

No ?Bom dia, Brasil?, Arnaldo Cezar Coelho analisa um fato ou um lance de um jogo do fim de semana que não ganhou manchete nos programas esportivos. O quadro é sempre gravado. O ex-árbitro garante que tenta ser curto e objetivo nos comentários:

– Falo para um público mais culto, não posso ser muito popular. Eu mesmo escrevo o texto. Explico o assunto e uso as imagens disponíveis.

Arnaldo pode ser considerado um veterano no vídeo. Tem 14 anos só na Globo. Depois que pendurou o apito – foram 30 anos de futebol – ele dividiu seu tempo entre a TV e a sua corretora.

– Abri um novo mercado para os ex-árbitros. Hoje todas as emissoras têm um comentarista de arbitragem – orgulha-se ele, que também é superintendente da TV Rio Sul, afiliada da Globo em Resende.

?A regra é clara?, como diz Arnaldo em seu bordão. Quando erra, ele leva bronca como qualquer outro integrante da equipe de esportes. Por isso, ensina que o comentarista tem que ser didático sem ser chato e estar sempre de bom humor:

– E nunca deve brigar com a imagem, porque ela não mente nunca.”

 

CFI

“?CNN à Francesa? Deverá Juntar Público e Privado”, copyright Público (www.publico.pt), 21/07/03

“O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Dominique de Villepin, disse que o canal de TV de informação contínua em língua francesa, o projecto CFI-24, deverá nascer de ?uma parceria entre os operadores públicos e privados?. Com diversos relatórios a dar o ?OK? ao novo canal, falta apenas definir o modelo de financiamento, a decidir em Setembro, mas o governante gaulês deu assim uma ideia da solução preferida pelo Executivo.

De Villepin, que se dirigia a cerca de dois mil membros das redes de cooperação e acção cultural no estrangeiro, em Paris, na semana passada, disse que um canal de 24 horas de notícias ?deve trazer esta visão particular do mundo que é a do nosso país e na qual outros poderão também rever-se. A nossa ambição implica o envolvimento dos poderes públicos, que devem atribuir-lhe meios importantes, duráveis e de modo previsível?.

?Neste quadro, podemos mesmo encarar uma parceria entre os nossos operadores públicos e privados, ao mesmo que se imporá certamente uma racionalização dos instrumentos audiovisuais existentes. Estas diferentes iniciativas darão ao futuro canal um lugar significativo na paisagem mundial e sobretudo nos mercados prioritários: Europa, Mediterrâneo e África?, acrescentou o ministro, em declarações à AFP.

O grupo da Assembleia Nacional responsável pelo canal preconiza uma vasta aliança em torno do projecto, reunindo o sector audiovisual público, a agência noticiosa francesa (AFP), estruturas internacionais (como a TV5 e o Euronews) e grupos privados (A TF1, o Canal Plus).

De acordo com os planos, o novo canal irá emitir, num primeiro tempo, em francês, inglês e árabe, para a Europa, África e Médio Oriente. Dentro de cinco a sete anos, todavia, os promotores pretendem estender as emissões à América e à Ásia, alargando o leque de línguas, que poderão incluir o português.”

 

AOL TIME WARNER

“AOL vende divisão por US$ 1 bi”, copyright Bloomberg News – Jornal do Brasil, 19/07/03

“A AOL Time Warner, maior empresa de mídia do mundo, acertou ontem a venda de sua unidade de produção de DVDs e CDs para a Cinram International por US$ 1,05 bilhão em dinheiro. A Warner Music Group, Warner Home Video e New Line Cinema, todas pertencentes à gigante, também entraram no acordo. A canadense Cinram produzirá, embalará e distribuirá os CDs e DVDs dessas unidades na América do Norte e Europa. O negócio aproxima o principal executivo da AOL Time Warner, Richard Parsons, da meta de reduzir as dívidas da empresa, que eram de cerca de US$ 26 bilhões, no fim do primeiro trimestre deste ano, para US$ 20 bilhões até o fim de 2004.”