CUSTOMER PUBLISHING
Em meio à má fase vivida pelo mercado mundial de revistas, existe um ramo que vai muito bem ? o das revistas associadas a marcas. Gradativamente elas deixam de ser simples folhetos de propaganda para servirem de fato como fonte de informação para os leitores. Reportagem da Economist [21/8/03] mostra que grandes editoras, como a Condé Nast, dona das revistas Vogue e Vanity Fair, que costumavam desprezar as revistas vinculadas a marcas, estão revendo seus conceitos. Na Alemanha, o mercado para este tipo de publicação representa US$ 3,2 bilhões; nos EUA, US$ 1,5 bilhão; e, no Reino Unido, pouco menos que a metade disto.
A capital do design de revistas de marcas é Londres. Até editoras estrangeiras buscam criadores ingleses para o desenvolvimento da parte gráfica. Em breve devem ser lançados no mercado britânico novos títulos ligados a produtos de luxo. A marca de relógios Bulgari, embora negue ter planos neste sentido, encomendou projetos a três editoras. Sua revista deve ser vendida ? e não distribuída gratuitamente. A marca de roupas Armani e a indústria de bebidas Moët Henessy também devem ter seus títulos. O aspecto principal destas iniciativas é a busca de um espaço próprio em que não apareçam junto a produtos menos "nobres". Até o momento, a Bulgari, por exemplo, não tenciona reduzir a verba publicitária para as revistas normais. De qualquer forma, as editoras que ainda não o fizeram podem se proteger de uma eventual migração de recursos criando seus departamentos de revistas exclusivas.