THE SMOKING GUN.COM
The Smoking Gun, website conhecido por documentar o mau comportamento de famosos, está se dando bem fora da internet também. No dia 20/8, ganhou espaço para um especial de uma hora no horário nobre da Court TV. TSG, como é conhecido pelos fãs, também conquistou uma coluna quinzenal na People e um espaço semanal nas rádios da Infinity.
Como se não bastasse, TSG deve lançar um livro no ano que vem, uma continuação de A Dossier of Secret, Surprising and Salacious Documents from the Files of TheSmokingGun.com (em português, "Um Dossiê de Documentos Secretos, Surpreendentes e Lascivos dos arquivos de TheSmokingGun.com"), sucesso em 2001.
Atualmente, três milhões de internautas visitam o sítio mensalmente, 10 vezes mais que há dois anos. "Não há nada particularmente glamouroso no que fazemos", disse o fundador, Bill Bastone, "mas as pessoas se interessam cada vez mais".
TSG dedica-se a rastrear gravações da polícia, pesquisar documentos de tribunais e incomodar nomes proeminentes na mídia colocando verdades embaraçosas na internet. Muitas vezes, TSG faz da própria grande mídia notícia. "Gosto de nos descrever como uma mini-Associated Press", disse Joseph Jesselli, repórter da TSG. "Mas somos apenas quatro rapazes em um escritório em Nova York".
Além de Bastone e Jesselli, o repórter Andrew Goldberg e Daniel Green, co-fundador e editor-administrativo, formam a equipe. Todos são nova-iorquinos e ex-funcionários do Village Voice. Hoje, passam o dia numa pequena sala que pertencia à Court TV, onde escarafuncham brechas e documentos judiciais.
O sítio surgiu em 1997 e a modesta equipe garante que a companhia de mídia que o possui não influencia na cobertura. "Fazemos o que fazemos, e eles ficam felizes com isso", disse Bastone. Os quatro se dedicam inteiramente ao sítio. Antes, segundo César G. Soriano [USA Today, 18/8/03], passaram por um curso breve em reportagem investigativa.
O sítio garante que cada documento publicado é 100% autêntico, obtido de fontes governamentais e da justiça. "Estamos trazendo o mesmo tipo de ética que eu tinha na minha carreira jornalística anterior", disse Bastone. Como qualquer organização noticiosa legítima, TSG não paga suas fontes. "Mas podemos retribuir com uma camiseta".