MULHERES
Pesquisa da Georgia University mostra que a proporção de mulheres estudando em faculdades americanas de jornalismo e comunicação é a maior já registrada. Atualmente, 64,1% dos alunos destes cursos são do sexo feminino. Mark Jurkowitz [The Boston Globe, 27/8/03] chama atenção, no entanto, para o fato de que as redações dos EUA continuam sendo ambientes em que predominam homens. Mais que isso, o estudo mostra que o total de jornalistas do sexo feminino caiu em 1% nas últimas duas décadas, chegando aos atuais 33% do total de profissionais, num país em que as mulheres são metade da força de trabalho em geral. Analistas de mídia apontam que se houvesse maior equilíbrio entre os sexos, o conteúdo produzido pela mídia seria sensivelmente diferente.
Lee Becker, diretor responsável pela pesquisa, explica que a jornada irregular é um dos principais empecilhos para que mais mulheres trabalhem em jornalismo diário: "Há algumas características ocupacionais que conflitam com a vida familiar social e com a criação dos filhos". Estudo da Universidade de Indiana comprova essa teoria: 43,5% das profissionais trabalham em revistas, em que a rotina de trabalho é mais regular, contra apenas 20,3% em grandes agências, onde é necessária disponibilidade para horários mais flexíveis e viagens.
A diferença entre o grande número de alunas de jornalismo e o número reduzido de mulheres que efetivamente atuam profissionalmente no ramo, deve-se ao fato de que muitas dessas estudantes optam por trabalhar em áreas correlatas, como relações públicas.