Sunday, 24 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Política externa guiada pela TV

TELETIPO

Lawrence Eagleburger, antigo secretário de Estado do ex-presidente americano George Bush (pai) revelou em seminário que conseguiu evitar que os EUA interviessem na Iugoslávia em guerra, apesar das imagens terríveis que a TV mostrava do país, graças às imagens ainda mais terríveis dos conflitos na Somália. "A televisão nos deu a oportunidade de escolher", explicou, comentando que, ironicamente, a TV foi também quem tirou os EUA do país africano após o incidente conhecido como Blackhawk Down (algo como "Falcão negro em perigo"), quando cerca de cem soldados americanos saíram para capturar dois generais somalis, mas acabaram se complicando depois que dois helicópteros Blackhawk foram abatidos por atiradores locais. Com informações de Paul Bedard [U.S. News & World Report, 1o/9/03].

O novo presidente da AP, Tom Curley, disse em reunião da New York Newspaper Publishers Association que está trabalhando para fazer a agência corresponder melhor às necessidades da era eletrônica. Curley acrescentou que, para alcançar maiores lucros, a agência deverá aumentar sua presença internacional, seu serviço fotográfico e seu faturamento com internet, ao mesmo tempo em que combaterá os veículos que utilizam seus produtos sem pagar. Novos pacotes de notícias "sob medida", com temas que vão de esportes a finanças, devem ser lançados. O presidente afirmou que a AP também está buscando maneiras de vender a clientes estrangeiros material produzido por jornais americanos afiliados. Informações da AP [26/8/03].

O primeiro-ministro francês Jean-Pierre Raffarin proibiu integrantes de seu governo de participarem do reality show 36 Heures (36 horas), da emissora privada TF1, que tinha estréia programada para outubro. A atração faria um político ou funcionário do governo acompanhar a vida de um cidadão francês comum. Mas, com a medida de Raffarin, não se sabe se o programa vai sair do papel. Segundo informações da AP [30/8/03], o astro do primeiro episódio seria Jean-François Cope, porta-voz do governo. No programa-piloto, que não será exibido, um vice-ministro da Justiça ficou 36 horas com uma parteira de um subúrbio parisiense. Ele foi com ela ao trabalho e depois saiu para comer pizza com seus amigos.