TELETIPO
A versão chinesa do livro autobiográfico da ex-primeira-dama americana Hillary Clinton teve alteradas as partes que fazem referência negativa à China e seu governo. O trecho, por exemplo, em que ela conta que quase deixou de ir a uma conferência da ONU sobre mulheres realizada no país asiático por causa da prisão do ativista de direitos humanos Harry Wu pela ditadura local, foi diminuído. Em vez de falar da comoção internacional com esse fato, menciona apenas que uma pessoa "processada por espionagem" havia sido "detida para esperar julgamento". A editora chinesa Yilin, que comprou os direitos de Vivendo a História por US$ 20 mil e já vendeu mais de 200 mil cópias a US$ 3,60 cada, alega que as mudanças são pequenas e de caráter técnico. A Simon & Schuster, editora americana que vendeu a obra, enviou carta à Yilin exigindo que recolham a tiragem adulterada e façam nova tradução, mais fiel ao original. Esse tipo de censura é praxe na China. O livro de Hillary, que ainda foi relativamente pouco cortado, é um sucesso no país. Com informações do New York Times [24/9/03].
Pesquisa feita ao longo de duas semanas nos anos de 1998, 2000 e 2002 pelo Parents Television Council (PTC), grupo que monitora a programação da televisão americana, revela que o uso de linguajar vulgar no horário nobre da TV aumentou muito em todas as emissoras. Entre 20h e 21h, faixa que a organização chama de "familiar", houve aumento de 94,8% entre 1998 e 2002. Das 21h às 22h foi de 109%. O menor crescimento foi registrado entre 22h e 23h ? 38,7% ?, horário em que já não há tantas crianças assistindo a TV. Recentemente, em estudo similar, o PTC aferiu que o conteúdo sexual da televisão tem diminuído, mas que, ao mesmo tempo, tem ficado mais explícito. As informações são da AP [22/9/03].