THE WASHINGTON POST
A coluna de Michael Getler, ombudsman do Washington Post, está de volta, depois das férias no mês de agosto. Mesmo afastado, ele continuou lendo mensagens dos leitores e seu artigo de 7/9 é uma coletânea dos principais elogios e queixas do mês passado.
Entre as matérias que renderam cumprimentos ao diário estão uma série de reportagens da correspondente na África Emily Wax, especialmente uma sobre crianças do Quênia que ficaram órfãs por causa da Aids. Outro trabalho elogiado foi matéria de Barton Gellman e Walter Pincus mostrando que a Casa Branca exagerou no retrato que fez da ameaça nuclear que representava o Iraque de Saddam Hussein, com intenção conseguir apoio popular à invasão do país.
A falta de algumas matérias foi alvo de crítica por parte de leitores. Chegaram mensagens, por exemplo, questionando por que o Post não cobriu o comício de lançamento da campanha do pré-candidato democrata à presidência Howard Dean em Falls Church, na Virgínia, região de maior circulação do diário. Mais de 4.000 pessoas teriam ido ao evento. Getler concorda que o jornal falhou e explica que houve falta de comunicação entre as equipes que fazem cobertura local e nacional. O problema chamou ainda mais atenção pelo fato de que, posteriormente, foi publicada uma entrevista com Dean feita naquela ocasião para uma seção de opinião, ou seja, apesar de terem ido repórteres do Post para Falls Church, o comício não virou notícia.
Um erro do caderno "Style", também na área de política, provocou mais queixas de leitores democratas. Em uma matéria saiu escrito "Democrat Party" , quando o correto é Democratic Party (Partido Democrata). O equívoco não seria tão grave se "Democrat Party" não fosse uma forma de tratamento pejorativa usada pelos republicanos. Getler aponta que o jornal errou pela segunda vez ao não publicar errata a respeito, dando argumento às pessoas que afirmam que o Post é politicamente parcial.