TELETIPO
Donald Rumsfeld, secretário da Defesa americana, disse que a cobertura da mídia americana ao conflito no Iraque não foi capaz de exaltar as várias conquistas das tropas da coalizão no trabalho de reconstrução do país. "Reconstruímos um monte de pontes e isso não é notícia, mas se uma ponte é detonada sai nas primeiras páginas", disse Rumsfeld. "O sucesso também merece ser contado", escreveu em um editorial ao Wall Street Journal. "A maior parte do mundo não sabe quanto ao progresso [devido à reconstrução] porque o foco se mantém na situação de segurança, ainda complicada, mas em aprimoramento". Informações da AFP [29/9/03].
A violência no Afeganistão continua se intensificando, os planos de expansão do Exército americano estão cada vez mais próximos da prática, mas os jornais estão mantendo a menor equipe possível no país, culpando os cortes de gastos, a falta de interesse dos leitores e a necessidade de recursos para a cobertura no Iraque e outros países para o noticiário internacional. Pam Constable, do Washington Post, é a única repórter americana no Afeganistão. Ela admitiu que a falta de apoio a forçou a desistir de algumas reportagens, mesmo tendo uma lista de 20 histórias para contar. Apesar de haver apenas 10 mil militares no Afeganistão em comparação aos 120 mil no Iraque, sinais de que o Talibã está de volta indicam a necessidade de maior cobertura, segundo Joe Strupp [Editor & Publisher, 29/10/03]. A maioria dos editores dos principais jornais, no entanto, não concorda ou não pode mandar mais correspondentes.