TELETIPO
A direção da Time, maior editora de revistas dos EUA, determinou que nenhum funcionário que recebe mais de US$ 150 mil por ano poderá ter aumento de salário até o fim de 2004. Como aponta Keith Kelly, do New York Post [6/10/03], essa medida de contenção de gastos interessa à mídia em geral, pois a companhia serve de referência para o mercado editorial. O fato demonstra que a Time, apesar dos sinais de que as revistas sairiam da crise por que passam há algum tempo, continua com mau desempenho. O seu número de páginas de anúncio em 2003 deve ser menor que o de 2002 – a primeira vez que algo assim acontece em 11 anos.
O Bureau de Vérification de la Publicité (BVP, comissão que controla a publicidade na França) pediu que fosse tirado de campanha um anúncio da marca de roupa íntima Sloggi, em que três mulheres aparecem em minúsculas calcinhas como se estivessem em uma casa de strip-tease. A decisão ? que tem valor apenas de recomendação, e não de ordem ? foi surpreendente, porque a BVP, formada por representantes de agências e grandes anunciantes, já deixou passar outras propagandas mais apelativas. Após receber muitas reclamações, a entidade concluiu que o anúncio degrada a imagem da mulher. Segundo The Guardian [7/10/03], há um debate na França, país conhecido por sua liberalidade sexual, sobre se as meninas podem usar as chamativas calcinhas Sloggi na escola. Críticos avaliam que elas poderiam estimular casos de abuso sexual. Uma diretora de colégio ameaçou proibir seu uso quando viu uma de suas alunas com a borda da calcinha acima da calça.