Thursday, 28 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1316

Keila Jimenez

REDE TV!

“Rede TV! faz parceria para transmitir eventos esportivos”, copyright O Estado de S. Paulo, 11/10/03

“Boxe, vôlei, futevôlei, esportes radicais, partidas da NBA, automobilismo, futebol. Esse será o recheio de boa parte da programação da Rede TV! a partir de janeiro de 2004, garante a emissora.

A rede acabou fechar uma parceria milionária com a empresa de marketing esportivo Top Sports para a compra de eventos de esporte de grande porte.

Entre as aquisições do canal estão partidas da NBA (liga de basquete americano), que serão transmitidas ao vivo pela emissora a partir de janeiro, todos os sábados, às 22 horas.

Segundo o diretor de jornalismo da Rede TV!, José Emílio Ambrósio, a copa da UEFA(campeonato europeu de futebol) também já tem lugar cativo na programação da emissora, as partidas serão exibidas às terças ou quartas-feiras, à noite.

?Transmitiremos no sábado de manhã o campeonato inglês de futebol, o campeonato brasileiro de basquete e o Futfest, um campeonato de futevôlei que acontece em várias praias do País?, conta José Emílio. ?Haverá um revezamento de eventos nesse horário das 11 h às 13 horas no sábado.?

A rede exibirá ainda campeonatos alternativos como o Radical.com, uma espécie de X-Games, evento que reúne provas de skate, bike e patins online.

?Esse campeonato já existia, mas estava mal formatado?, fala o diretor.

José Emílio diz que campeonatos de futebol da segunda divisão também estão na mira do canal, e que o boxe e a Fórmula Mundial continuam com espaço na rede.

?Os eventos foram comprados em parceira com a Top Sports e o lucro com as cotas de patrocínio e espaços comerciais será dividido?, diz ele. ?Agora estamos atrás de locutores e comentaristas para esses eventos?, continua.

?Temos de reforçar nossa equipe esportiva, porque também faremos boletins pré-olímpicos no ano que vem, acompanhando como andam os treinos de nossos atletas para Atenas.?

Além de esporte, José Emílio já prepara mudanças no jornalismo do canal.

?Queremos ter jornais regionais a partir de 2004. Não sabemos ainda se será um noticiário noturno ou na hora do almoço, vamos conversar com nossas afiliadas.?”

 

TV PAGA

“TV a cabo poderá disputar licitação”, copyright Folha de S. Paulo, 8/10/03

“As TVs por assinatura poderão disputar as licitações governamentais para a instalação do serviço de internet de alta velocidade nas escolas, bibliotecas e hospitais públicos, informou ontem o assessor especial do Ministério das Comunicações, Márcio Wohlers.

As obras serão financiadas pelo Fust, um fundo criado em 2000 para facilitar o acesso da população de baixa renda a serviços de telecomunicações. O fundo, que tem em caixa R$ 2,3 bilhões, é mantido com 1% da receita bruta das operadoras de telefonia e de TV a cabo.

Em agosto, o TCU (Tribunal de Contas da União) informou ao Ministério das Comunicações que todas as empresas, e não apenas as concessionárias de telefonia fixa, deveriam poder participar das licitações.

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) deverá, até novembro, colocar em consulta pública as linhas gerais desse novo serviço. Se isso ocorrer, o edital de licitação deve ser publicado em fevereiro do ano que vem.

O ministro Miro Teixeira (Comunicações) disse que as operadoras de TV por assinatura têm infra-estrutura instalada (cabos), o que daria competitividade nas licitações. O Fust, porém, não financiará a instalação de TV por assinatura.

As empresas que operam TV a cabo, caso vençam as licitações, terão que fornecer os serviços que estão previstos na lei do Fust -como acesso à internet em banda larga em escolas públicas, por exemplo. Hoje, as principais operadoras de TV a cabo pertencem às Organizações Globo (Sky e Net), Editora Abril (TVA) e Hughes Electronics (DirecTV).

?Todas as empresas deverão pedir a concessão desse novo serviço, que funcionará em regime público e não será limitado?, disse o assessor Márcio Wohlers.

Na avaliação da ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura), a possibilidade de as empresas do setor serem habilitadas para o fornecimento de serviços a órgãos públicos é ?mais do que justa?.

Para Leila Loria, presidente da entidade, não se trata de proteção ao setor -com companhias endividadas e em dificuldades para renovar acordos com credores. ?Não vamos usar essa chance de expandir os negócios como tábua de salvação para as companhias?, disse.

Se puderem entrar nesse mercado, a idéia é a seguinte: em vez de concorrerem entre si, para decidir a melhor proposta, as empresas devem escolher, entre elas, quem vai explorar que região. E apresentar o projeto ao governo. Quem informa é a ABTA.

Com isso, será uma proposta apenas, para disputar o mercado com as empresas de telefonia.

Para a ABTA, isso não quer dizer que as empresas de grande porte terão maiores possibilidades de encabeçar os projetos dentro da associação.

A base de assinantes das empresas de TV por assinatura caiu 0,5% no segundo trimestre do ano, em relação ao primeiro trimestre. Cerca de 13 mil assinantes cancelaram sua assinatura de TV a cabo entre o primeiro e o segundo trimestres no país.”

“?É preciso democratizar a televisão?, diz Boni”, copyright O Estado de S. Paulo, 10/10/03

“Fila para cumprimentá-lo, um cordão de ?admiradores? atrás, muita rasgação de seda e convidados especiais na platéia. Foi assim a participação de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, no segundo dia do Congresso da Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA). Mesmo com tamanho tratamento vip, Boni não conteve suas críticas ao setor.

Em sua palestra no evento, anteontem, o executivo falou da necessidade a TV paga investir em conteúdo nacional e cobrou do setor criatividade para tentar dividir com a TV aberta as migalhas do mercado publicitário deixadas pela Globo. ?A crise na TV aberta, em que a Globo fica com 80% da verba publicitária e o restante dos canais se chafurda na lama pelos 20 %, é uma oportunidade para a TV por assinatura crescer, usando a segmentação?, disse Boni. ?Eu participei da chegada da TV paga ao Brasil e posso dizer que cometemos todos os erros possíveis. Começamos criando quatro canais para nenhum assinante?, continuou ele. ?Aprendemos com os erros e agora está na hora de repensar o conteúdo da TV paga, não adianta seguir os padrões mundiais. Se fomos diferentes na TV aberta, seremos também na TV paga. É preciso democratizar a televisão.?

Boni abriu a palestra contando histórias divertidas de seus 50 anos de TV e citando filósofos. Sem perder a pose, rebateu argumentos de participantes do debate, como o diretor-geral da Globosat, Alberto Pecegueiro, e o VP da Turner, Anthony Doyle, que reclamavam da dificuldade de se produzir conteúdo nacional. ?Os canais de desenhos tinham de abrir espaços para produtos nacionais, há vários indícios que o mercado aceitaria bem isso?, atacou Boni.

Bem-humorado, disse que seria necessário dois anos de debate para resolver algumas das questões levantadas no evento e aproveitou para agradecer a presença de alguns convidados na platéia, entre eles, Regina Duarte e Mônica Waldvogel . E emendou: ?Sou um homem de TV, paga ou aberta, eu entendo de TV.?”

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“Canais pagos buscam identificação”, copyright O Estado de S. Paulo, 13/10/03

“Convidar personalidades brasileiras para apresentar documentários internacionais, fazer programas especiais com médicos e cientistas locais, arranjar um apresentador brasileiro para atrações sobre animais. Esses são planos dos canais Discovery, Discovery Health e Animal Planet (que pertencem ao grupo Discovery Networks) para criar maior identificação com o público brasileiro.

As informações são do vice-presidente do Discovery, Guillermo Sierra, que esteve no Brasil na semana passada para o congresso da Associação Brasileira de TV por Assinatura, ABTA. Sierra diz que depois da experiência com Fernanda Montenegro – que apresentou em setembro, no Discovey, o documentário Nefertite Revelada – o grupo percebeu a importância de aproximar seu conteúdo do interesse dos assinantes brasileiros.

?Tivemos uma resposta muito positiva em audiência, vamos continuar utilizando personalidades brasileiras para comandar os programas. A próxima será Ivete Sangalo, que apresentará um programas sobre mamíferos produzido pela BBC para o Animal Planet.?

A série apresentada por Ivete irá ao ar a partir de 24 de outubro, sempre as sextas-feiras, às 21 horas.

Sierra conta que o grupo Discovery já está escolhendo outras personalidades para comandar novos programas e já planeja investimento em conteúdo nacional. ?Temos uma série sobre automobilismo que provavelmente chamaremos um piloto de Fórmula 1 brasileiro (novato ou não) para apresentar, mas ainda não posso revelar quem é?, diz ele.

O grupo também procura, segundo o diretor, um cientista (pode ser um veterinário, zootecnista, biólogo) brasileiro para comandar programas gravados no Brasil para o Animal Planet. ?Queremos encontrar um apresentador brasileiro que seja a identidade do canal por aqui, como Jeff Corwin e o Mark O?Shea (apresentadores do canal) são nos EUA?, continua.

?Também queremos produzir para o próximo ano especiais com médicos e especialistas brasileiros para o Discovery Health. O duro será administrar a guerra de egos famosa nesse setor.?”

“TV paga declara guerra contra gambiarra”, copyright Folha de S. Paulo, 12/10/03

“A TV paga decidiu declarar guerra contra as ligações clandestinas dos canais fechados. A campanha terá ações como informar pela televisão que o chamado ?gato? é crime, endurecer a lei contra as gambiarras e buscar apoio policial para reforço na fiscalização.

A comissão antipirataria da ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) lançou a ofensiva durante o congresso anual da entidade, realizado na semana passada, em São Paulo.

O setor calcula que haja no Brasil mais de 348 mil usuários piratas, 16% da base de assinantes de operadoras a cabo (como Net e TVA). A pirataria, segundo a ABTA, representa prejuízo anual de R$ 312 milhões ao mercado de TV paga, e o governo deixa de recolher R$ 113 milhões anualmente.

As empresas concordam que um dos principais motivos para as ligações clandestinas seja o custo médio do serviço, elevado para os padrões brasileiros. Fora o preço de adesão, há pacotes de até R$ 100 por mês, quase a metade do salário mínimo no Brasil. A impunidade é também estímulo aos ?gatos?. Apesar dos mais de 348 mil piratas, há atualmente 377 inquéritos instaurados e 122 condenações, segundo a ABTA.

Além disso, há casos em que os próprios instaladores das operadoras, quando são chamados para desconectar a TV paga, oferecem ao assinante a ligação clandestina e recebem ?por fora?.

Também não é raro que o cliente pague por um pacote mais barato à empresa e tenha o mais caro instalado em sua casa com uma ?taxa extra? concedida ao funcionário. Ou então que a assinatura contemple um aparelho de TV, e o usuário puxe o fio clandestinamente para um segundo ponto.

?Assinaturas? piratas são conhecidas como ?gambinetes? ou ?cets? (lê-se ?quétis?) -mistura de cat, gato em inglês, com Net.

As ligações clandestinas, de acordo com a ABTA, podem ser enquadradas como furto, com penas que variam de multa a detenção de um a quatro anos. Vendedores, instaladores e usuários dos ?gatos? podem ser condenados.

A ABTA convenceu um senador e um deputado a apresentarem projetos que deixem claro que as gambiarras de TV são criminosas. O primeiro, do senador Aelton Freitas (PL-MG), deu entrada no Senado na semana passada e o segundo deverá ser apresentado pelo deputado Devanir Ribeiro (PT-SP) na Câmara.

A campanha também prevê o lançamento de um selo para identificar equipamentos autênticos.”

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“Operadora convence ?gato? a virar cliente”, copyright Folha de S. Paulo, 12/10/03

“A Horizon, operadora de TV paga, está fazendo um esforço para transformar os usuários piratas em clientes.

Presente em Manaus e no interior do Rio e de São Paulo, a empresa vem investindo no combate às gambiarras. Criou um ?disque-denúncia?, reforçou a vistoria da rede de assinantes e fez campanha para informar que a prática é criminosa.

Ricardo Soares, representante da Horizon, afirmou que as ações antipirataria já resultaram numa redução de 21% no números de ?gatos? no último ano.

Segundo ele, 9% dos clandestinos foram convencidos a pagar pela assinatura. Já 25% dos que foram descobertos na vistoria acabaram religando a gambiarra. Ele comemora que 66% dos ?gatos? desconectados durante a fiscalização não voltaram a piratear os canais.”

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“Boni dá conselhos a canais fechados”, copyright Folha de S. Paulo, 12/10/03

“Com 50 anos de carreira na televisão, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, avalia que a TV paga tem hoje mais chances de competir com a Globo do que seus concorrentes abertos.

O ex-vice-presidente das Organizações Globo foi o destaque do segundo dia do congresso da Associação Brasileira de TV por Assinatura, na semana passada.

Boni foi um dos criadores da Globosat, programadora de TV por assinatura da Globo, dona de canais como Multishow e GNT.

No encontro, ele afirmou que a Globo tem 50% de audiência e quase 80% da fatia do mercado publicitário e que as emissoras rivais ficam ?chafurdando na lama por migalha, fazendo uma TV de péssima qualidade? a fim de disputar os 20% restantes.

?Os concorrentes da Globo faliram, e o papel de concorrer com ela é da TV paga?, afirmou.

Seu principal ?conselho? aos canais fechados foi investimento em conteúdo brasileiro. ?Não é para copiar a TV aberta. Sempre acreditei em TV segmentada, mas é preciso investir mais em produção, com criatividade.?

Boni é hoje controlador da TV Vanguarda, da região de Taubaté, e está apostando na regionalização da televisão.”

“Boni diz que TV paga deve aproveitar crise da TV aberta”, copyright Cidade Biz (www.cidadebiz.com.br), 8/10/03

“Para José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, um dos homens que fizeram da Globo o que ela é hoje, a TV paga deveria aproveitar a crise na TV aberta para crescer. Segundo Boni, a Globo controla hoje 50% da audiência e 80% da verba publicitária do meio. Os outros 20% são disputados por emissoras que ?chafurdam na lama? para consegui-los, numa referência à qualidade de suas programações.

?A crise na TV aberta é a oportunidade para a TV por assinatura competir com sua diversidade e com a segmentação?, afirmou Boni durante sua participação no ABTA 2003, principal evento do mercado de telecomunicações por assinatura do país.

De acordo com Boni, a TV brasileira, seja ela paga ou aberta, carece de diversidade, novas idéias e renovação e, de acordo com nota do site especializado Pay TV, lembrou que isso requer uma aposta em um conteúdo pensado para o brasileiro.”

“TV paga terá acesso a recursos do Fust, mas imposto ainda incomoda”, copyright Cidade Biz (www.cidadebiz.com.br), 7/10/03

“Márcio Wohlers, assessor especial do Ministério das Comunicações, substituiu o ministro Miro Teixera na abertura da ABTA 2003, a maior feira do setor de telecomunicações pagas do país, na qual anunciou que as operadoras de TV por assinatura agora terão acesso aos recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust).

Mas, para Roberto Civita, presidente do Grupo Abril , controlador da TVA, e Rômulo Pontual, vice-presidente da News Corp., controladora da Sky, o acesso aos recursos do Fust é bem-vindo, porém, não resolve a questão do setor. Os executivos frisaram que uma das dificuldades do setor é a alta carga tributária que incide sobre o serviço de TV paga.

O governo federal lança em novembro uma consulta pública para o Novo Regime de Serviço Público em Telecomunicações, que irá estabelecer as metas de universalização dos serviços de comunicação em massa, abrangendo projetos de inclusão digital nas áreas de saúde, educação, cultura e acesso às regiões remotas.

De acordo com determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), os recursos do Fust podem agora ser usados por novos serviços públicos. A conectividade em banda larga é um dos serviços a serem contemplados. As licitações ocorrerão durante o ano de 2004. O total de recursos acumulados no Fust é estimado em R$ 3 bilhões.

Hoje, as empresas de TV paga contribuem com 1% do seu faturamento para o Fust, mas não tinham acesso aos recursos do fundo. Para a ABTA, Associação Brasileira de Televisão por Assinatura, esta nova medida possibilitará uma maior concorrência na oferta de serviços de banda larga.

Mas não ressarce o setor da contribuição dada ao fundo de 2001. No ano passado, a TV paga pôs R$ 32 milhões no Fust – 1% dos R$ 3,2 bilhões que faturou.

Outra notícia dada pelo assessor especial do Ministério das Comunicações na abertura da ABTA 2003 foi a possibilidade de a TV paga alugar sua infra-estrutura para a plataforma de TV digital no país. O setor, no entanto, preferiu não comemorar por ora porque sabe que enfrentará a pressão da TV aberta para que o sistema de TV digital do país não use a infra-estrutura de cabos já existente.”