VIOLÊNCIA CONTRA JORNALISTAS
O Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ) [12/11/03] disse estar extremamente preocupado com a falta de informação acerca da situação dos jornalistas cubanos Mario Enrique Mayo Hernández, Adolfo Fernández Saínz e Iván Hernández Carrillo, que, presos em péssimas condições, iniciaram uma greve de fome em 18/10.
Uma semana depois da tentativa de um grupo de familiares visitar os jornalistas e dissidentes que estavam em greve de fome na prisão Holguín Provincial, os grevistas foram dispersados e transferidos a outras prisões.
Mayo Hernández e Fernández Saínz juntaram-se a quatro dissidentes presos para uma greve de fome em protesto ao tratamento dado a Hernández Carrillo, que foi posto em uma cela de castigo após reclamar de sentir-se mal.
Segundo a CPJ, o jornalista Manuel Vázquez Portal, detido na prisão Aguadores, em Santiago de Cuba, também começou uma greve de fome em 11/11. A mulher de Portal disse que seu marido iniciou uma nova greve de fome em solidariedade aos jornalistas e dissidentes de Holguín.
Os jornalistas presos, mantidos em segurança máxima, algemados sempre que saem de suas celas, denunciaram condições insalubres na prisão, atenção médica inadequada, comida podre, confinamento solitário e falta de acesso a imprensa e TV.
Vinte e oito jornalistas independentes cubanos foram presos em uma detenção massiva do governo, em março deste ano. O julgamento, que durou um dia, foi sigiloso.
O Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ) [10/11/03] está recebendo informações de que jornalistas americanos e estrangeiros trabalhando para a mídia dos EUA no Afeganistão podem estar sendo alvo de seqüestros em troca de membros do Talibã em custódia americana.
Em conferência do departamento de Estado americano em 7/11, o porta-voz Richard Boucher disse que a embaixada dos EUA em Cabul emitiu um comunicado estimulando os americanos no país a aumentar medidas de segurança. "A Embaixada dos EUA em Cabul recebeu informações confiáveis de que forças do Talibã estão ativamente procurando jornalistas americanos para fazer de refém e instrumento de troca pela libertação de membros do Talibã atualmente sob controle dos EUA", dizia a mensagem.
Em 8/11, a Agence France-Presse noticiou que quatro supostos membros do grupo radical islâmico haviam assaltado o motorista de um meio de comunicação americano nas proximidades da cidade de Khost, em 31/10. Os homens levaram o carro e procuravam raptar jornalistas americanos.