Tuesday, 26 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Marcos Linhares

RADIOBRÁS

"O desentendimento entre o SJPDF e a Radiobrás", copyright Comunique-se (www.comunique-se.com.br) 20/11/2003

"A diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, em nota assinada por seu presidente, Edgard Tavares, expressou sua decepção com a maneira como a Radiobrás, segundo a entidade, conduziu as negociações que envolviam o reajuste de salários de seus funcionários.

Segundo a nota, a Diretoria da Radiobrás iniciou as negociações inicialmente muito receptivas, mas em meio às discussões, distribuiu um comunicado aos funcionários da empresa (via intranet), afirmando indiretamente que a atuação dos Sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas prejudicava os empregados daquela estatal.

Procurado pelo Comunique-se, o presidente da Radiobrás, Eugênio Bucci, afirmou que tudo não passou de um mal entendido. ?Em primeiro lugar, todos os sindicatos têm pleno direito de manifestar suas posições, o que acolhemos com respeito. As entidades entram aqui e conversam com os funcionários e são recebidos pela diretoria. E isso continuará acontecendo?, alegou Bucci.

O presidente da Radiobrás também explicou que apenas avisou aos funcionários que se não chegassem a um acordo o quanto antes, não haveria mais tempo para o SIAPE, sistema de pagamentos do funcionalismo público, incluir o abono na folha pagamento deste mês.

Bucci conclui afirmando que o acordo que foi fechado com os sindicatos dos jornalistas e radialistas foram muito positivos: ?primeiro porque foram resolvidos rapidamente e, além disso, trouxeram aumentos e ganhos reais aos salários dos servidores. O que inclui benefícios como o aumento do auxílio-alimentação. Tudo numa realidade muito melhor e diferente de outras categorias de servidores públicos, finalizou.

A Radiobrás também na nota aos funcionários, explicou os aumentos e se posicionou sobre o assunto.

Leia aqui a nota do SJPDF na íntegra:

?NOTA OFICIAL

DIRETORIA DA RADIOBRÁS DECEPCIONA

Simplesmente decepcionada, a Diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal lamenta profundamente que a Diretoria da Radiobrás – inicialmente tão receptiva – tenha distribuído comunicado, aos funcionários da empresa (via intranet), afirmando indiretamente que a atuação dos Sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas prejudicava os empregados daquela estatal.

Ao dizer que ?A assembléia convocada pelos sindicatos rejeitou a proposta de acordo apresentada por esta Diretoria? e que ?A decisão da assembléia prejudica os próprios funcionários?, a Diretoria da Radiobrás, na verdade, tentou jogar os trabalhadores contra suas legítimas entidades representativas.

É lamentável que a mesma Diretoria que várias vezes recebeu, separadamente ou em conjunto, as Diretorias dos dois Sindicatos, que sempre estavam a reivindicar melhorias para os empregados, seja capaz de dizer que essas mesmas entidades estariam prejudicando esses mesmos trabalhadores.

Quando as Diretorias dos dois Sindicatos manifestaram-se, durante a referida Assembléia, contra a proposta da Diretoria da Radiobrás, assim o fizeram com a verdadeira e única intenção de que as negociações evoluíssem e a estatal melhorasse sua contraproposta às reivindicações apresentadas. As duas entidades tinham informações fidedignas de que a empresa poderia melhorar o acordo. Não sabiam, entretanto, que estavam prejudicando alguns interesses próprios.

Mesmo que assim não fosse, os representantes da empresa na Comissão de Negociações – os mesmos da estrutura viciada dos governos anteriores e, desta vez, alguns mais -, que falam e agem em nome da Diretoria, passaram mais de 40 dias levando a data-base em banho-maria, sem qualquer informação sobre qualquer item de caráter financeiro, o que é uma desconsideração aos empregados.

E nessa situação – sem qualquer contraproposta de reajuste salarial -, de repente, na véspera de fechar a folha de pagamento, a empresa chamar os Sindicatos e dizer ?é isso ou acabou; não podemos fazer mais nada?, aí é demais! Além disso, a Diretoria divulgar aos funcionários que a culpa de eles não receberem o abono oferecido seria dos Sindicatos, aí é demasiadamente revoltante.

Pior ainda foi impor aos empregados a revogação da decisão daquela Assembléia até às 17 horas e – ao que se pôde deduzir do grande número de funcionários à porta da empresa, às 16 horas, gritando por ?Assembléia-já? – mandar o maior número possível de servidores participar e aprovar essa revogação.

Sr. Presidente, Srs. Diretores da Radiobrás: nessas condições, é impraticável a parceria que, na nossa última reunião, os senhores pediram aos Sindicatos.?

Em nome da Diretoria,

Edgard Tavares

PRESIDENTE

Aqui, a nota da Radiobrás que gerou todo o problema:

?Aos funcionários da RADIOBRÁS

A assembléia convocada pelos sindicatos no início da tarde de hoje rejeitou a proposta de acordo apresentada por esta Diretoria, que era a seguinte:

pagamento do abono equivalente a 100% da remuneração já na folha de novembro (paga no dia 2/12/2003) e mais 6% de reajuste, sendo 3% em novembro (pago em 02/12) e outros 3% na folha de janeiro (pago em 03/02/2004).

A decisão da assembléia prejudica os próprios funcionários. Isso porque, conforme havíamos adiantado na comissão de negociação reunida às 10h de hoje, se não existe acordo, não há como fazer o pagamento do abono na folha de novembro (paga em 02/12).

A única possibilidade que ainda pode existir para pagamento do abono na folha de novembro é que os funcionários revertam a decisão da Assembléia até às 17 horas desta quinta-feira (13/11), resolvendo aprovar a proposta da Empresa.

Ressaltamos que não há a menor condição para um reajuste maior do que 6%. A proposta que esta diretoria apresentou, como sempre deixamos claro, não é uma proposta para ser barganhada. É a melhor proposta possível no atual momento.?

A DIRETORIA

Nesta nota, a Radiobrás explica os aumentos:

?Até o dia 12 de novembro as folhas de pagamento de todos os órgãos da administração direta, as fundações e as empresas da União, precisavam entrar no sistema SIAPE para processamento e execução. Por isso, a folha de novembro da Radiobrás que entrou no SIAPE dentro do prazo foi uma folha normal, sem acréscimo do abono nem do reajuste salarial, uma vez que a proposta da Diretoria tinha sido rejeitada pela Assembléia dos Funcionários realizada naquele dia.

Como porém a nova Assembléia, realizada na tarde do dia 13, aprovou a proposta da Diretoria, os funcionários da Diretoria de Finanças trabalharam durante a noite de 13 para 14 para fazer a alteração da folha de novembro e incluir o pagamento de 100% de abono.

Eles também conseguiram entrar com o novo valor do Auxílio Alimentação, que era de R$228,00 e passou a R$286,00. Infelizmente, não houve tempo para incluir a primeira metade dos 6% de reajuste salarial, porque era um cálculo a ser feito um a um. Assim, os 3% que queríamos adiantar já em novembro serão pagos na folha de dezembro, retroativamente. Os outros 3% entrarão normalmente na folha de janeiro, conforme o Acordo.

De qualquer forma, o abono já entrou na folha de novembro. Estão de parabéns os funcionários e seus líderes sindicais pela solidariedade, o bom senso e o sentido de realidade que demonstraram ao conseguir reverter em tão pouco tempo uma situação de desapontamento para toda a comunidade Radiobrás.

O reajuste obtido por você em 2003 significa um reconhecimento do seu esforço e da sua dedicação à construção de uma Radiobrás melhor para o cidadão, para o Governo, para todos nós. Trata-se de um reajuste significativo dentro da realidade salarial do Governo.

Considerando os reajustes concedidos aos funcionários da Radiobrás nos últimos 5 anos, o Acordo obtido agora foi o melhor desde há muito tempo:

2003 = 6,0% de reajuste e 100% de abono

2002 = 4,5% de reajuste e 100% de abono

2001 = 3,5% de reajuste e 100% de abono

2000 = 2,0% de reajuste e 50% de abono

1999 = 0,0% de reajuste e 50% de abono

1998 = 0,0% de reajuste e 50% de abono?

A DIRETORIA"

 

ELEIÇÕES NA TV

"Horário eleitoral rende 269 mi à Globo", copyright Folha de S. Paulo, 25/11/03

"A propaganda política não é um negócio tão ruim como as TVs pintam. No ano passado, quando houve horário eleitoral, só a Globo lançou em seu balanço contábil uma compensação fiscal, a ser deduzida do imposto sobre o lucro, de R$ 269 milhões. Em 2001, esse valor foi de R$ 116 milhões.

No primeiro semestre deste ano, a emissora contabilizou R$ 77 milhões como benefício pela exibição de propaganda partidária. Não há dados confiáveis sobre as outras emissoras.

Desde 2002, as emissoras têm o direito de abater do imposto sobre o lucro 80% do valor de tabelas pelos comerciais políticos que exibem ao longo da programação. Sobre as propagandas em blocos (programas de partidos ou horário eleitoral obrigatório), o abatimento é de 80% do valor de tabela sobre 25% do tempo total (que seria o que elas exibiriam de comerciais nos intervalos da programação suspensa).

No final das contas, a propaganda política acaba saindo mais cara do que a publicidade avulsa, porque as emissoras costumam dar descontos sobre suas tabelas.

Só não é um negócio melhor porque o abatimento depende do lucro de cada rede. A Globo, por exemplo, não usufruiu em 2002 dos R$ 269 milhões a que teve direito, porque seu resultado antes do imposto sobre o lucro (25%) foi de R$ 91 milhões. Mas a emissora terá dez anos para abater os R$ 269 milhões em seus balanços.

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A Record vai sentir saudades do Palmeiras na Série B do Campeonato Brasileiro. Sábado, a emissora ficou 40 minutos em primeiro lugar no Ibope com o jogo que deu o título inédito e carimbou a volta do time do Parque Antarctica à primeira divisão. Das 23h09 às 23h49, a Record marcou 22 pontos, contra 19 da Globo.

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