Um dos maiores absurdos é a imprensa brasileira simplesmente ignorar as primeiras eleições em Angola após 16 anos. Não há enviados especiais, não há matérias e cadernos especiais, não há informação alguma sobre quem são os competidores, qual o nível de liberdade de associação, censura, opinião, quais os partidos políticos, as lideranças etc., etc. Silêncio total sobre um país cuja independência o Brasil foi o primeiro país a reconhecer, mesmo durante a ditadura militar brasileira e sendo Angola, na época, libertada pela articulação das esquerdas.
Angola cresce a taxas impressionantes, detém reservas colossais de petróleo, opera com enormes problemas de distribuição de renda, saúde, educação. Alguma semelhança com o gigante adormecido? E nossa imprensa, muda.
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Advogado, Rio de Janeiro, RJ