Sunday, 24 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Fim dos privilégios para apresentadores da BBC

Alguns dos mais conhecidos âncoras da BBC podem estar com determinados privilégios com os dias contados. Peter Horrocks, chefe de notícias da rede britânica, informou esta semana aos apresentadores sobre os cortes de despesas da companhia – que incluem a proibição de reembolso de táxis usados antes de 6:30 da manhã e depois das 10:45 da noite, assim como a emissão de bilhetes aéreos internacionais de classe executiva.


Os apresentadores foram aconselhados a ser mais realistas sobre suas futuras demandas de pagamento. Um deles, que não quis se identificar, afirmou estar chateado por não poder mais viajar de classe executiva, alegando que quando está em classe econômica os passageiros costumam pedir para tirar fotos com ele.


Período econômico


Os cortes acontecem quando a divisão de notícias da BBC sofre sua primeira demissão de funcionários por excesso de pessoal em 10 anos, depois que a direção e os sindicatos não chegaram a um acordo sobre os planos de eliminação de 108 cargos da rede.


Alguns agentes de apresentadores alegam que ‘atual período de economia extrema’ deve-se à publicidade negativa gerada pelo contrato de três anos no valor de cerca de 20 milhões de euros com Jonathan Ross, que apresenta às sextas-feiras à noite o programa Film 2006 e um programa radiofônico aos sábados.


O agente Alex Armitage, que tem como clientes os apresentadores Jeremy Vine (da Radio 2) e Julian Worricker (da Radio Five Live), acredita que a BBC está no seu direito de fazer cortes, se achar que o orçamento não é suficiente. ‘A única preocupação é com as apresentadoras do sexo feminino tendo que voltar para casa de metrô ou tendo que se preocupar em parar o carro perto do trabalho’, acrescentou. ‘O fato é que quando se é famoso, todos querem falar com você’. A BBC alegou que não foram extintas algumas ‘circunstâncias especiais’, incluindo segurança pessoal, para se avaliar reembolso de táxis. Informações de John Plunkett [The Guardian, 7/2/07].