Segundos após a explosão de uma bomba, uma breve noção de se sentir fora do corpo. A sensação foi descrita pelo jornalista americano Bob Woodruff sobre o atentado que quase o matou em janeiro de 2006 no Iraque. Então âncora da ABC, ele viajava em um tanque de guerra durante uma reportagem sobre o conflito no país quando a bomba explodiu. ‘Eu não lembro exatamente da explosão, mas lembro de, por um momento, ver meu corpo flutuando e um tipo de brancura’, contou em um programa especial da ABC News, pouco mais de um ano após o incidente.
Logo depois deste breve momento, Woodruff perdeu a consciência e assim permaneceu por um mês. No programa exibido na TV americana na semana passada – que abordou, além de seu caso específico, histórias de soldados feridos na guerra do Iraque –, o jornalista afirmou que se considera 90% recuperado.
Woodruff conta ter visto o cinegrafista Doug Vogt, que o acompanhava na reportagem, olhando para ele, assustado. ‘Perguntei se estávamos vivos. Esta é a última coisa de que me lembro’. Woodruff ficou em coma por 36 dias. Ele e sua mulher escreveram um livro sobre o processo de recuperação. O casal passou por momentos difíceis com a perda de memória do jornalista. ‘Eu não conseguia lembrar das minhas duas filhas mais novas – de seus nomes ou de sua existência’, afirma. Informações de David Bauder [AP, 26/2/07].