Dois homens em motocicletas mataram a tiros o jornalista de rádio Ferdie Lintuan nas Filipinas na segunda-feira (24/12). O jornalista dirigia na cidade de Davao com outros dois repórteres de rádio quando os homens passaram pelo carro e atiraram nele. ‘Eu fingi que estava morto’, contou Lucio Ceniza, um dos sobreviventes do ataque. ‘Eu estava na frente, no banco do passageiro. A janela atrás de mim também foi atingida’.
Lintuan foi o quinto repórter morto nas Filipinas em 2007. O país é um dos lugares mais perigosos do mundo para a prática do jornalismo. Desde que a presidente Gloria Macapal Arroyo chegou ao poder, em 2001, 54 profissionais de imprensa já foram mortos. A cobertura de temas controversos como narcotráfico e outras atividades ilegais podem facilmente colocar a vida dos repórteres em risco. Como muitos destes profissionais são mal pagos, alguns aceitam subornos para cobrir determinadas pautas e acabam também em perigo – ameaçados por aqueles que os pagam ou por seus rivais.
Sob críticas por falhar em proteger profissionais de imprensa e ativistas de esquerda nos últimos seis anos, o governo declarou que irá encontrar e punir os assassinos de Lintuan. ‘O governo não permitirá que este ato criminoso fique impune’, afirmava nota divulgada pelo palácio presidencial. Informações de Carmel Crimmins [Reuters, 24/12/07].