Talvez por ter passado por maus bocados com a mídia quando seu pai, então presidente dos EUA, envolveu-se em um escândalo sexual com a estagiária da Casa Branca Monica Lewinsky, em 1998, a filha da presidenciável democrata Hillary Clinton, Chelsea, tem se revelado uma cabo eleitoral bastante discreta. Em Iowa, onde fez campanha para a mãe antes do caucus da última semana, ela se recusou a conceder entrevistas à mídia.
Com o público, Chelsea é educada e expansiva. No palanque, entretanto, ela raramente fala. Quando o assunto é imprensa, então, Chelsea quer distância absoluta. Bill e Hillary Clinton são conhecidos por proteger a privacidade da filha – que ficou ausente da campanha da mãe até dezembro, quando optou por fazer sua primeira visita a Iowa, na tentativa de conseguir votos femininos para Hillary.
A relutância de Chelsea em atender a imprensa não impediu que Sidney Rieckhoff, ‘repórter-mirim’ de nove anos de idade do diário Scholastic News, da cidade de Cedar Rapids, tentasse ‘entrevistá-la’ – como havia feito, com sucesso, com sete pré-candidatos democratas e republicanos que passaram por Iowa. Ainda que de forma educada, a filha dos Clinton não quis responder quando a menina lhe perguntou se seu pai ‘daria um bom ‘primeiro-marido’ na Casa Branca’. Chelsea, que pediu desculpas à pequena jornalista – ‘não falo com a imprensa’, explicou – ressaltou, entretanto, tê-la achado ‘uma gracinha’. Informações de Beth Fouhy [Associated Press, 30/12/07].