A executiva-chefe Helen Alexander anunciou esta semana sua saída do Economist Group, companhia que publica a prestigiada revista britânica The Economist. Uma das principais mulheres do mundo dos negócios no Reino Unido, Helen estava há 23 anos na editora – começou em 1985 como gerente de marketing e se tornou executiva-chefe em 1997. O anúncio foi uma surpresa para os funcionários da companhia. ‘É bom sair quando as pessoas ainda querem um pouquinho mais’, afirmou ela.
Helen, de 51 anos, deixará o Economist Group após o encontro anual da companhia, em julho, quando será substituída por Andrew Rashbass, publisher e diretor-executivo da Economist nos últimos três anos. Ela, por sua vez, ocupará o cargo de consultora da firma de private equity americana Bain Capital, fundada pelo ex-pré-candidato republicano à presidência Mitt Romney. Helen é também diretora não-executiva das empresas Centrica e Rolls-Royce.
Em alta
A executiva dirigiu o Economist Group durante o significativo aumento na circulação da revista semanal e no conseqüente salto nos lucros da companhia – beneficiada pela expansão do inglês como principal idioma do comércio internacional e pelo crescimento do mercado globalizado. Quando entrou para a empresa, a Economist vendia 264 mil exemplares por semana; hoje, este número chega a 1,3 milhão em todo o mundo. Nos últimos cinco anos, os lucros do grupo – que inclui o banco de análises Economist Intelligence Unit, a revista CFO Europe e a companhia de gerenciamento de empresas EuroFinance Conferences – cresceram 75%.
Críticos da Economist acusam a revista de ser crua e acadêmica demais. Os textos não-assinados dominam as páginas, com poucas imagens. Helen refuta as críticas. ‘Eu acho que as pessoas que não conhecem a Economist podem pensar nela como uma revista seca. Mas se você lê-la, especialmente os boxes coloridos, verá que extraordinário senso de humor ela tem’, defende. Informações de Richard Wray [The Guardian, 10/4/08].