Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Nova agência estréia no mercado

A Thomson Reuters Corp., formada pelo grupo canadense Thomson Corp. e pela agência de notícias Reuters, começou a ser negociada em bolsas de valores esta semana e espera firmar-se no mercado como a maior empresa de informações do mundo, noticiam Gavin Haycock e Robert Macmillan [Reuters, 17/4/08]. O grupo editorial canadense Thomson pagou mais de US$ 16 bilhões pela Reuters. A expectativa é que o portfólio de produtos com temas diversos – que atendem aos setores jurídico, científico, contábil e de saúde – ajude a enfrentar o momento de crise da indústria financeira. A nova empresa terá rivais de peso, como a Bloomberg e a anglo-holandesa Reed Elsevier.


Liderada pelo ex-presidente-executivo da Reuters, Tom Glocer, a Thomson Reuters irá vender notícias e informações para operadores, analistas e administradores de fundos; terá também bancos de dados com assuntos de interesse de advogados, contadores, cientistas e da indústria de planos de saúde. A fusão permitirá que a Thomson use a força da marca Reuters para expandir o negócio de informações financeiras. A Reuters, que já tem atuação forte na distribuição de dados financeiros, será beneficiada com a abordagem de temas mais amplos.


‘Informações inteligentes’


A nova empresa, com sede em Nova York, já nasce com receita anual de US$ 12,5 bilhões, 50 mil funcionários e mais de 40 mil clientes em 155 países. Glocer, ex-advogado de fusões e aquisições, espera que a companhia forneça aos clientes o que chamou de ‘informações inteligentes’. ‘O que eu acho mais interessante é que todas as unidades [dos dois grupos] vão trabalhar juntas a longo prazo’, comentou.


A Thomson Reuters não informou quantos cortes fará, mas Glocer diz que a empresa deve ter um número exato nos próximos meses. Executivos esperam economizar US$ 500 milhões nos primeiros três anos; parte disto deverá vir da venda de imóveis, pois o grupo pretende fechar alguns escritórios administrativos.