Caros Correspondentes, assistimos hoje a uma primeira entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à imprensa nacional e estrangeira em mais de dois anos de governo, sem a participação da imprensa estrangeira.
A entrevista foi convocada com apenas um dia de antecedência, mesmo sendo do conhecimento do governo que os jornais e revistas estrangeiros não têm representantes em Brasília e precisam resolver questões de traslado para participar de um evento como esse. Os organizadores abriram espaço para apenas uma pergunta da imprensa estrangeira em nome da Associação dos Correspondentes de Brasília, de um total de catorze perguntas. Muito pouco, considerando que há mais de 250 correspondentes no Brasil.
Segundo nosso colega Santiago Farrell, presidente da Associação de Correspondentes em Brasília, a imprensa estrangeira não teria direito a perguntas na coletiva e ontem, às 22h30, depois de pelo menos dois contatos com André Singer, ele obteve a resposta de que haveria direito a apenas uma pergunta. Segundo Farrell, a SID (Secretaria de Imprensa e Divulgação) fez o sorteio dos jornalistas com direito a pergunta e da ordem das perguntas.
Estamos aguardando que os nossos colegas de Brasília terminem suas matérias, para conversar sobre as dificuldades que eles tiveram. Depois disso devemos redigir uma carta conjunta das três associações para protestar sobre a forma em que a imprensa estrangeira foi desconsiderada nesta primeira coletiva do presidente.
Pedimos a todos que enviem e-mails sobre as dificuldades que tiveram desta vez e de outros problemas de acesso que tenham tido com o Planalto para incluí-las na mensagem que enviaremos a Brasília. Atenciosamente,
Associação dos Correspondentes Estrangeiros de São Paulo (www.ace.jor.br)