Em sua coluna de domingo [1/4/07], a ombudsman do Washington Post, Deborah Howell, trouxe algumas sugestões para a nova equipe de repórteres que assume o desafio de cobrir temas políticos para o diário. O Post tem uma experiência forte em jornalismo político, com veteranos como David S. Broder e Dan Balz, e contará agora com novos nomes na equipe.
Troca-troca
Tim Curran, ex-editor do jornal Roll Call, que cobre política de Washington, é o novo editor para a seção de política. Ele irá trabalhar com Bill Hamilton, chefe de redação da seção de política, e com Susan Glasser, chefe de redação da seção de notícias nacionais. A equipe de política também irá trabalhar em parceria com os profissionais do sítio, cujo editor de política é o ex-editor do diário para assuntos do Congresso, Eric Pianin.
Curran, Hamilton e Susan planejam mudanças, dentre elas a substituição da rubrica The Federal Page, que têm as últimas informações sobre o governo federal, pela In the Loop, sobre política em Washington – que terá entre os colaboradores Jeffrey H. Birnbaum (que era da seção de economia). Lois Romano terá uma nova coluna sobre o Congresso.
A equipe está animada com a cobertura da disputa pela Casa Branca, com as eleições do ano que vem. ‘Esta é a primeira fase de uma longa campanha. Nosso objetivo nos últimos meses foi apresentar os pré-candidatos aos nossos leitores. Também fizemos um trabalho de reportagem, para analisar no background deles o que seria relevante para analisar um candidato à presidência’, afirma Hamilton.
Candidatos
Para Deborah, os leitores sentem-se atraídos não apenas pelos fatos políticos em si, mas por todas as questões que envolvem os candidatos – inclusive as pessoais. Um exemplo é o caso da esposa do pré-candidato democrata John Edwards, Elizabeth, que luta contra um câncer de mama que se estendeu aos ossos. Uma das matérias publicadas pelo Post sobre o caso atraiu muitos comentários e possibilitou um debate sobre a doença e sobre seu impacto em famílias atingidas por ela.
Eleitores
A ombudsman acredita na importância de se pensar em pautas que permitam que os leitores conheçam melhor os eleitores, principalmente as minorias, mulheres e novos imigrantes. ‘Quem vota e quem não vota? Quais assuntos interessam a eles? Como eles escolhem um partido? Os novos cidadãos tendem a ser democratas ou republicanos? Os latino-americanos são mais liberais? Os afro-descendentes são mais conservadores? A religião influencia na política? Quem são aqueles que não votam?’, questiona Deborah.