Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Terra Magazine

TELEVISÃO
Márcio Alemão

Pesquisa garante o sucesso?, 9/04/07

‘A notícia não é fresca: a Globo realizou uma pesquisa para saber porque a novela ‘Paraíso Tropical’ não está conseguindo os desejáveis níveis de audiência.

Eu continuo afirmando que se o Fábio Assunção não tivesse sido resgatado do mar no primeiro capítulo, a história seria outra.

E qual é a história que o autor quer nos contar, afinal? Não importa. O que importa é que dê audiência. Se isso não acontecer, faz-se uma pesquisa. De posse dos resultados, corrige-se a rota e parte-se, mais uma vez, em direção à audiência perdida.

Soa estranho, não? Seria possível radicalizar e inverter o processo?

Talvez sim. Uma pesquisa para determinar exatamente o tipo de novela que as pessoas querem ver. Uma pesquisa que já ofereça algumas tramas possíveis, alguns conflitos possíveis, desenhos de alguns possíveis personagens, prováveis complicações, prováveis mortes ou desaparecimentos e, claro, prováveis finais.

De posse dos resultados, um relator – sim, a figura do autor, no caso -, se torna dispensável e só ficaria encarregado de ordenar esssas informações por capítulos.

Uma campeã de audiência?

Duvido.

A literatura e o cinema já reproduziram, em vários momentos, a ilusão do mundo perfeito onde tudo acontece dentro do previsto e desejado. Os finais são sempre tristes e sempre se conclui que nada no mundo pode ser mais aborrecido que a falta de supresa, a supressão da raiva, dos acontecimentos ruins, das reviravoltas.

Entendo que uma telenovela funciona de maneira muito diferente de um filme, que em duas horas apresenta e soluciona todos os conflitos. E por incrível que pareça, o mercado americando também lança mão das pesquisas e, dependendo dos resultados, exige que se modifique o final do filme, o meio, onde for necessário.

Chego agora onde queria: tanto para o autor de novela quanto para o roteirista, talvez não exista nada pior do que a pesquisa. A sua idéia, a sua história, a sua trama, tudo que você gostaria de contar, de passar para as pessoas, acabam tendo relativa importância. Você pode decidir, por exemplo, contar uma história que mostre que, no fundo, todas as pessoas são más. Após a pesquisa, pode acontecer de você receber a seguinte ordem: ‘é só mudar uma coisinha: todas as pessoas, no fundo, são boas’.

Mas ainda bem que nem todos os autores, diretores, artistas, produtores de arte em geral, se submetem à pesquisa. Ainda bem que muitos ainda acreditam no que disse Nelson Rodrigues: ‘toda unanimidade é burra’.

Márcio Alemão é publicitário, roteirista, colunista de gastronomia da revista Carta Capital, síndico de seu prédio, pai, filho e esposo exemplar.’

COMUNICAÇÃO CORPORATIVA
Terra Magazine

Memória empresarial é tema de livro de Nassar, 3/04/07

‘O jornalista Paulo Nassar, colunista de Terra Magazine lança hoje seu novo livro, Relações Públicas na construção da responsabilidade histórica e no resgate da memória institucional das organizações.

Como sugere o título, Nassar aborda na obra a importância de se preservar a memória das empresas por meio de de projetos de documentação. Observa que o conhecimento da história otimiza e aprimora o funcionamento de uma organização, uma vez que edifica a noção de responsabilidade e compromisso social.

Segundo o autor, a memória empresarial é positiva ainda em relação aos funcionários, que se identificam mais com a empresa e percebem sua função ativa quanto à sustentação e vida organizacional.

O jornalista avalia que a documentação histórica de empresas altera a concepção do campo das relações públicas, ampliando as atividades dos profissionais da área.

Paulo Nassar é formado em jornalismo pela PUC de São Paulo. Tornou-se mestre e doutor na área de Relações Públicas pela USP, onde também leciona. Sua tese de doutorado, concluída em 2006, deu origem ao livro lançado.

Nassar preside a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE) e é membro da International Association of Business Communicators, da Public Relations Society of America e do Conselho da Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e Relações Públicas.

É autor de outros três livros (A comunicação da pequena empresa, O que é comunicação empresarial e Tudo é comunicação), além de ter organizado diversas obras e publicado inúmeros ensaios.

Relações Públicas na construção da responsabilidade histórica e no resgate da memória institucional das organizações, publicado pela Difusão Editora, terá lançamento e noite de autógrafos hoje às 18h, na Fnac Pinheiros (Av. Pedroso de Moraes, 858, São Paulo).’

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Clique nos links abaixo para acessar os textos do final de semana selecionados para a seção Entre Aspas.

Folha de S. Paulo – 1

Folha de S. Paulo – 2

O Estado de S. Paulo – 1

O Estado de S. Paulo – 2

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