Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Agência congela valores e anuncia mudanças

O diretor-presidente da AP, Tom Curley, trouxe boas novas para jornais e emissoras de rádio e TV associadas à agência de notícias, em sua reunião anual, realizada na segunda-feira (7/5). Curley anunciou que os preços de assinaturas básicas serão mantidos em 2008 – valores congelados pelo segundo ano consecutivo – e que haverá mudanças para que os cooperados possam customizar os serviços de notícias que recebem. De 2002 a 2006, os valores haviam subido uma média de 2,7% ao ano.


A iniciativa é uma resposta aos desafios enfrentados pela indústria jornalística: queda nos lucros publicitários e migração do público para a internet. Além do mais, na medida em que os diários têm aumentado o enfoque em notícias locais, a AP promete oferecer, em alguns anos, a opção de se receber um pacote com as últimas notícias – que incluiria, por exemplo, notícias de uma determinada região – e então acrescentar outros pacotes de conteúdo extra, como textos analíticos. Atualmente, as assinaturas das agências de notícias são definidas pelo volume de informações: pequeno, médio ou grande.


O novo sistema também permitirá que as organizações de mídia comprem fotos e matérias individualmente, o que não é oferecido no momento. Curley observou que as mudanças são necessárias para atender a membros que não estão dispostos a pagar por conteúdo que não utilizarão.


Disputa com buscadores


A direção da AP apresentará as propostas ao conselho de diretores da agência – que ainda terá de aprovar as mudanças – no próximo encontro, em julho. Curley anunciou ainda que está sendo desenvolvido um banco de dados que irá permitir que organizações-membro compartilhem conteúdo. O objetivo é ‘retomar’ o controle do conteúdo, a fim de oferecer mais opções de busca de notícias na rede e não ficar tão dependente dos buscadores como Google e Yahoo!.


A AP chegou a processar o Google, alegando que a empresa estava usando notícias da agência de maneira imprópria e sem permissão. No ano passado, ambas entraram em um acordo após o Google ter concordado em pagar pelo uso de fotos e matérias da agência.


Mesmo com o congelamento dos preços, o lucro da AP cresceu, no último ano, a um índice de 6%. A taxa paga pelos associados é responsável por 30% dos lucros totais da agência, enquanto as vendas digitais representam 20%. A Associated Press é uma cooperativa cujos proprietários são os jornais e estações de rádio e televisão americanas. Assinantes de fora do país pagam uma taxa para usar o material. Informações de Seth Sutel [AP, 7/5/07].