Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Compra da Reuters cria rival de peso para a Bloomberg

Não era mais surpresa, mas na terça-feira (8/5) o grupo canadense Thomson anunciou oficialmente a oferta de compra feita à agência de notícias Reuters. Em declaração conjunta, as duas empresas informaram que o valor da oferta é de US$ 17,5 bilhões. A novidade do anúncio ficou por conta de planos para uma nova estrutura caso o negócio seja concretizado.


Pelo projeto de compra, o atual executivo-chefe da Reuters, Thomas Glocer, chefiaria o grupo combinado, que se chamaria Thomson-Reuters. Richard J. Harrington, hoje executivo-chefe da Thomson, planeja se aposentar quando, e se, a transação tiver êxito. ‘Os dois conselhos acreditam que há uma lógica poderosa nesta junção, que criaria um líder global no mercado de informações financeiras’, dizia a declaração. Em meio a tantos planos e a tanta empolgação, as companhias fizeram questão de enfatizar que a compra não é algo certo, e que ‘ainda há muito o que ser resolvido’.


Proteção e concorrência


A Thomson Financial, unidade da Thomson que vende dados e serviços financeiros, seria integrada ao setor de notícias financeiras da Reuters. Esta nova unidade continuaria a se chamar Reuters e iria operar sob diretrizes voltadas a proteger a independência do trabalho jornalístico.


A fusão criaria uma grande rival para a Bloomberg, que hoje é líder no serviço de informações e dados analíticos para a comunidade financeira. Combinadas, Reuters e Thomson abocanhariam 34% do mercado para informações financeiras, e a Bloomberg ficaria com 33%. Informações de Ian Austen [The New York Times, 9/5/07].