CONTROVÉRSIA
CartaCapital publicou a carta da sogra de Kaká, 18/1
‘Resposta ao internauta W Caldas. A carta de dona Rosangela Lyra está nas páginas da edição de CartaCapital já nas bancas em São Paulo e a partir de amanhã em todo Brasil. Devidamente respondida, juntamente com outras, todas a bradar seu protesto contra a reportagem de capa da edição anterior. Estranho, a opinião pública mundial parece mais interessada no assunto que a brasileira. CartaCapital ganhou ecos fundos nos Estados Unidos, na Itália, na Espanha, no Reino Unido, na França, na China, no Azerbaijão, na Malásia. Jornais do porte do porte do The Guardian e Le Monde deram guarida às informações divulgadas pela revista. Para terça-feira próxima, o France Football, de Paris, prepara uma matéria de uma página sobre o tema. As queixas nativas nascem, na minha opinião, de duas vertentes distintas. Uma diz respeito ao mau entendimento das funções do jornalismo. Se Kaká é o mais famoso e conspícuo fiel da Renascer, é natural que suas relações com o ‘apóstolo’ e a ‘bispa’, no momento presos nos Estados Unidos, interessam à Justiça brasileira. Kaká não é acusado, sequer suspeito. Mas é testemunha válida. E o fato merece ser noticiado com o necessário destaque. Seria igual se em lugar de Kaká estivesse um cantor, um ator, um empresário, um escritor, um político, desde que fossem figuras públicas e célebres. E aqui delineia-se a segunda vertente dos protestos. Seria igual? Ou haveria reações diferentes, por não se tratar de um futebolista que acaba de ganhar a Bola de Ouro e o troféu da Fifa? Sim, a primeira religião nativa é o futebol, o que prova os nossos limites, a penúria de trunfos válidos, de motivos de orgulho. O futebol é um jogo empolgante e a gente brasileira lida com a Leonor com extraordinária destreza. Há, porém, coisas mais importantes.’
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