Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Cinegrafista morto em ataque a bomba

O cinegrafista Aala Abdul-Kareem, da emissora xiita al-Furat, foi morto na terça-feira (29/1), junto com seu motorista, em um ataque a bomba em uma estrada ao norte de Bagdá. Kareem, de 29 anos, foi o primeiro profissional de imprensa morto este ano no Iraque – considerado pelas organizações internacionais de proteção à mídia o mais perigoso país para se exercer a prática jornalística.


O canal al-Furat, que pertence ao poderoso partido xiita Conselho Supremo Islâmico Iraquiano, prestou homenagem ao cinegrafista colocando no ar, no canto da tela, uma foto sua com os dizeres ‘a família al-Furat está de luto por seu mártir, o cinegrafista Aala Abdul-Kareem’.


Dois colegas de Kareem, o cinegrafista assistente Haider Jawad e o correspondente Fatma al-Hassani, ficaram feridos no atentado. A equipe seguia para Samarra para cobrir o aniversário de dois anos do bombardeio de uma mesquita xiita na cidade, que levou a uma onda de violência sectária entre xiitas e sunitas, matando milhares de iraquianos. Kareem era casado e deixa dois filhos.


Alvos


Profissionais de mídia, que sempre foram tratados como elementos neutros em conflitos, viraram alvo da violência iraquiana desde a invasão americana ao país, em 2003. Organizações de proteção de mídia como a Repórteres Sem Fronteiras e o Comitê para a Proteção dos Jornalistas divergem na contagem de jornalistas e assistentes de mídia mortos na guerra do Iraque, mas concordam que este é o conflito mais letal para membros da imprensa. Segundo a RSF, apenas em 2007 foram mortos 65 destes profissionais. Informações da Reuters [30/1/08].