Tuesday, 26 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Joaquim Vieira

‘Na edição online de hoje [22/01], no artigo com o título ´Eventual corte de juros atenua quebras nas bolsas´, foi publicado, com data de 22.01.08, 10h10, um comentário de ZP, Lisboa, no qual o leitor muito justamente se indigna com determinadas práticas bancárias. Porém, acrescenta: ´O pessoal está a ficar farto disto e devia começar a pôr bombas nos balcões para ver se esta gente ordinària tem juízo e ganha alguma dignidade´. Este era o único comentário publicado na altura em que o li. Escrevi logo um outro, dirigido aos moderadores do PÚBLICO, chamando a atenção para o facto de o referido comentário não corresponder às exigências dos Critérios de Publicação, por conter uma incitação à violência, pelo que deveria ser retirado, não devendo mesmo ter sido publicado. Surgiu entretanto outro, das 10.36, de Carlos, Porto, escrevendo: ´Subscrevo ZP, poucas palavras pra dizer tudo´. Ou seja, já há quem vá atrás da ideia de pôr bombas nos balcões dos bancos, e o PÚBLICO continua a publicar. Incitação à violência é crime público que nada tem a ver com liberdade de expressão, pelo que espero que o PÚBLICO retire os referidos comentários e haja de futuro mais cuidado com o que se publica ou deixa publicar.

M. Silva

NOTA DO PROVEDOR. Foi solicitado esclarecimento a António Granado, editor do PÚBLICO.PT, que começa por considerar o seguinte: ´O comentário em causa apenas suscitou uma reacção negativa dos leitores, precisamente a que o provedor recebeu. Não me parece, sinceramente, que ZP tivesse como intenção desatar a pôr bombas em balcões de bancos, tratando-se apenas de uma expressão de forte indignação. O próprio leitor M. Silva o diz no seu comentário das 10h48: ´Na verdade, eu concordo totalmente com o espírito do comentário de ZP, e acredito que tenha sido a sua justa indignação que o tenha levado a, espero que inadvertidamente, ter escrito ´da boca para fora` a sugestão de pôr bombas nos balcões dos bancos […].´` Admitamos de facto que se trata de uma (forte) figura de retórica. Só que, apesar disso, António Granado cita a seguir as objecções colocadas por este mesmo leitor para concluir: ´Estamos de acordo, até porque o comentário viola os nossos próprios Critérios de Publicação. De futuro, evitaremos a publicação de comentários deste tipo, e agradecemos ao leitor a chamada de atenção que nos fez. Apenas como informação, refiro que o número de comentários no PÚBLICO online tem vindo a aumentar exponencialmente nos últimos meses, o que tem tornado mais difícil a sua filtragem. Em Outubro, recebemos 6.717 comentários; em Novembro, 8.381; em Dezembro, 12.021; e em Janeiro já vamos nos 15.335.` O provedor nada mais tem a acrescentar.’

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‘Artista ignorado’ (23/1/08)

‘Em Agosto, escrevi ao anterior provedor sobre o PÚBLICO nunca me ter dado resposta quanto à divulgação que ia pedindo das exposições de pintura. Resposta: ´Já comuniquei à secção responsável, blá, blá´. Nesta conformidade, que poderei fazer para poder ser notado, poder ser visto e mais conhecido, neste mundo das artes? Foi na galeria Capitel que dei o salto para o mundo das artes, foi com o incentivo e persistência que aprendi a ser alguém, e, passados 14 anos, vivo exclusivamente da pintura. O que eu quero é ter tratamento igual para trabalho igual, sou um pintor sem escola, sou um autodidacta, é verdade, mas corre-me nas veias e hoje tenho obra pelo mundo inteiro…

Artur Franco (pintor)

NOTA DO PROVEDOR: A liberdade de selecção é uma prerrogativa dos críticos de um jornal independente como o PÚBLICO, assim como de quem elabora a sua agenda de eventos culturais recomendados ou simplesmente publicitados.

Corrigindo o corrector

Chamo a atenção para o facto de aparecer escrito ´corrector` e não ´corretor` em várias notícias sobre as bolsas mundiais, por exemplo na legenda da fotografia do dia de hoje [23/01] na página web.

Francisco Jorge Pinto’