[do release da editora]
Que impacto o Jornal Nacional (JN) causa aos jovens universitários e à população em geral? Fascinada por televisão, Isabel Travancas apresenta neste livro um estudo sobre os meios de comunicação de massa a partir da perspectiva antropológica. A autora examina a relação de estudantes universitários do Rio de Janeiro com o JN da Rede Globo, um dos mais importantes do país.
Cerca de 260 jovens universitários responderam ao questionário elaborado pela antropóloga. Conforme a pesquisa, 95,1% afirmam que assistem ao JN. Desses, nada menos que 60% costumam vê-lo todos os dias ou com freqüência. São 67,3% que declaram gostar do programa. Para 33,5%, ele é informativo. Para 8,7%, é tendencioso. Para 7,2%, é superficial.
A antropóloga selecionou 43 voluntários para serem entrevistados em profundidade e escolheu 16 estudantes para a pesquisa de campo. Esteve presente na casa de cada um deles assistindo, junto com eles, ao Jornal Nacional, a mais de uma edição do noticiário, colhendo opiniões dos alunos sobre o principal noticiário da Globo. ‘Vários jovens acreditam que a televisão continua sendo fonte de prazer, diversão e relaxamento. Dentro dessa perspectiva está enquadrado também o Jornal Nacional‘, diz a pesquisadora.
Isabel Travancas não tem por objetivo exaltar o Jornal Nacional — embora reconheça o mérito do grande telejornal – mas, sim, analisar o que pensam os telespectadores sobre o carro-chefe da Rede Globo e o que o JN representou na história recente do país e ainda representa para a sociedade. Com uma abordagem inovadora, Isabel revela o profundo enraizamento do JN na sociedade brasileira, bem como os prós e os contras de sua centralidade no universo da imprensa. Nesta pesquisa o telespectador é o protagonista.
A autora
Isabel Travancas é jornalista e antropóloga. Mestre em antropologia social pelo Museu Nacional/UFRJ e doutora em literatura comparada pela Uerj, é autora dos livros O mundo dos jornalistas (1993) e O livro no jornal (2001) e organizadora, com Patrícia Farias, de Antropologia e comunicação (2003). Colabora com freqüência com jornais cariocas. Atualmente é pesquisadora visitante da Fundação Casa de Rui Barbosa.