Deu na coluna Bastidores, assinada por Thomas Traumann, na edição desta semana (328, com data de 30/8) da revista Época:
Fumaça cara
O tesoureiro do PT, Delúbio Soares, diz que vive de um salário líquido de R$ 6 mil. Todo dia ele fuma um charuto Cohiba Lanceros, que nas lojas paulistanas sai ao menos por R$ 80. Das duas, uma: ou gasta 40% do salário em charuto, ou ganha o equivalente em presentes.
Deu no Painel, atualmente editado pela jornalista Renata Lo Prete, da edição de domingo (29/8) da Folha de S. Paulo:
Conta-charuto
Delúbio Soares diz que: a) vive com salário de R$ 6.000 recebido do PT; b) fuma todos os dias charutos da marca Cohiba Lanceros. De onde se conclui que ou bem o tesoureiro ganha seus estimados cubanos ou, numa conta conservadora, 30% de seu rendimento vira fumaça.
De duas uma: ou Renata praticou o famoso ‘gillete-press’ (o oposto não seria possível, pois Época já estava impressa quando a Folha deu a nota), ou as duas publicações aceitaram a ‘encomenda’ de alguém com interesses óbvios em prejudicar o tesoureiro petista.
É realmente muito difícil imaginar a experiente ex-ombudsman da Folha copiando uma nota da edição corrente de Época, de forma que a segunda hipótese faz mais sentido: Trumann e Lo Prete conversaram com a mesma fonte, que passou a mesma nota maldosa.
Tudo somado, os jornalistas saíram pior na foto do que o próprio Delúbio.