Sunday, 22 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

No Mínimo

SEXTO NAS BANCAS
Santiago P. Fusco

Luana é bacana, mas Paula é Aguiar, 13/06/07

‘O Sexo nas Bancas pede desculpas ao leitor por sair atrasado este mês. O problema é que fiquei esperando o esperado – ou aguardando o aguardado, ansiando pelo ansiado e por aí vai… – ensaio de Luana Piovani na ‘Trip’. Confesso que errei. Errei, pelo menos, do ponto de vista voyeurístico, embora jornalisticamente tenha feito apenas minha obrigação. Acontece que as fotos sensuais da famosa atriz publicadas com grande fanfarra pela revista moderninha paulistana, apesar de clicadas com a competência habitual por JR Duran, passam longe, muito longe de esquentar este frio junho. Alguém precisava dizer isso, então digo eu. Podem começar a atirar pedras, tomates e latinhas de cerveja. Eu espero.

Terminaram? Então vamos lá: não gostaria de ser mal compreendido. Luana é uma mulher bonita, charmosa, bocuda, grande, dona de uns olhos claros brilhantes. No dia em que resolver tirar a roupa de verdade para uma ‘Playboy’ da vida – isto é, se nesse dia provavelmente remoto já não for tarde demais – pode vir a brigar pelo troféu Sexo nas Bancas com méritos. Mas do jeito que (não) se mostra na ‘Trip’, oferecendo a duras penas um biquinho de seio aqui, meio disfarçado pelo espelho d’água, ou um torso nu lá longe, a dois quilômetros de distância, desse jeito não dá. Embarque quem quiser na badalação de sempre, fingindo que Luana Piovani é – desde que não abra a boca – algum tipo de insuperável deusa de feminilidade cujos menores despudores devem ser saudados com litros de baba espessa pelos mortais aqui no chão. Gerald Thomas tem razão de não embarcar nessa. E eu tenho mais o que fazer.

Por exemplo: folhear a ‘Playboy’ e descobrir – descobrir mesmo, na posição de ensaio secundário, sem chamada na capa – uma catarinense anônima chamada Paula Aguiar, que, informa a revista, ‘está no último semestre da faculdade de engenharia elétrica da Universidade Federal de Santa Catarina’. Apresentação mais prosaica, impossível. E mesmo assim está lá, fiéis e infiéis leitores, para quem quiser ver: a morena de Floripa é um fenômeno raro de sensualidade e aerodinâmica, dona do par de seios alados mais bonitos da década, o item secreto da agenda do G-8 – uma das causas óbvias do aquecimento global. Só falta a Paulinha um nome com lantejoulas. E por isso o mundo a despreza.

Não, Paulinha não estrelou nenhum filme ou novela. Nem mesmo, que eu saiba, namorou algum pagodeiro ou jogador de futebol. Nem sequer o conterrâneo Guga é citado em sua folha corrida. Mas o que sabe a nossa tola cultura da celebridade dos arcanos profundos do desejo? Ora, quem tem tesão em currículo é gerente de RH. Eu, aqui no meu canto, cada vez mais prefiro as mulheres inteiramente nuas. Despidas não só de roupa, veja bem, mas também de história, como se o mundo tivesse começado há dois minutos e meio. Ou fosse acabar daqui a cinco. Paula é o tipo de mulher que inspira esse gênero de imagem literária absoluta e bocó. Antes que eu fale mais alguma besteira, o troféu é dela, pronto. É só levar, Paulinha. E o que mais você quiser.

O quê? A garota da capa da ‘Playboy’, Mirella, apresentada como dançarina do Faustão e ex do Latino? Bom, tem ela também. Se você comprar a revista para conhecer Paula Aguiar, a grande aposta do editor para este mês virá junto: um mulherão de físico exuberante, cheia de confiança, silicone no peito, num ensaio superproduzido e de gosto duvidoso. Mas isso está incluído no preço de capa, assim como a nudez da provocante alemã loura do terceiro ensaio, o importado, chamada Susanne Baum – então tudo bem, ninguém tem o direito de reclamar.

O dinheirinho que sobrar depois disso será muito bem empregado na ‘Sexy’. Os leitores habituais desta coluna sabem que não sou um grande fã da assumida vulgaridade com que, freqüentemente, a revista costuma apimentar seus ensaios protagonizados por semifamosas – ou semi-anônimas, tanto faz. Nem sempre é assim, porém. Quando acerta em cheio, a ‘Sexy’ é uma delícia de desinibição, descomplicada e quente como o sexo pode ser. É o caso do ensaio deste mês, assinado por André Passos, com a ‘modelo paranaense’ Larissa Saloio. Loura em cima (tintura, provavelmente), morena embaixo, de pele clarinha e seios miúdos, meia dúzia de sardas nos ombros e um lábio superior petulante na medida certa, Larissa é simplesmente ótima. Não fosse Paulinha uma força da natureza, levaria ela mesmo o troféu. E o segundo ensaio da ‘Sexy’, com a morena Lucimara Tramm, também está longe de ser desprezível.

Antes de fechar a tampa, cabe mencionar o ensaio sensual de Ellen Rocche na ‘VIP’: nudez tímida, excelente potencial. Mas nada que tire o terceiro lugar de Luana Piovani. E até julho, leitor, se julho houver.’

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Folha de S. Paulo – 1

Folha de S. Paulo – 2

O Estado de S. Paulo – 1

O Estado de S. Paulo – 2

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