A Pearson desistiu de fazer uma oferta em conjunto com a General Electric pela compra da Dow Jones, proprietária do Wall Street Journal. ‘A Pearson revê regularmente diversas idéias de investimento e analisa qual delas será mais vantajosa para seus acionistas’, afirmou a empresa, que é proprietária do Financial Times, em declaração. ‘As duas companhias continuam a discutir parcerias entre o canal de notícias CNBC e o grupo Financial Times’.
A notícia agradou Rupert Murdoch, dono do grupo News Corporation, que fez uma oferta de US$ 5 bilhões à família Bancroft, que controla a Dow Jones. Os Bancroft, no entanto, declararam que só venderão o grupo para a News Corporation se for garantida a independência editorial do Journal.
Grandes grupos
Independência também é algo que preocupa os funcionários do diário francês Les Echos, de propriedade da Pearson. A LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton SA, maior fabricante de produtos de luxo do mundo, estaria de olho no jornal. Em ambos os casos, grupos milionários podem estar interessados em usar os veículos de comunicação para beneficiar seus negócios. Funcionários do Les Echos fizeram greve na terça-feira (19/6), em protesto às negociações.
A LVMH, administrada pelo bilionário Bernard Arnault, já é proprietária do jornal econômico La Tribune. O grupo Les Echos – que engloba, além do diário impresso, um sítio e a revista econômica Enjeux – registrou US$ 169 milhões em lucros no ano passado e contribuiu com 10 milhões de euros para os lucros operacionais da Pearson.
A LVMH garante que manterá a independência editorial do jornal, caso o adquira. ‘Se a venda do Les Echos se concretizar, a LVMH incluirá termos específicos no acordo para garantir sua independência editorial’, disse a empresa em declaração. Informações de Chris Tryhorn [The Guardian, 21/6/07] e de Ladka Bauerova [Bloomberg, 21/6/07].