Como cidadão que assiste TV, ouve rádio, lê jornais e revistas, alem de CDs, DVDs, cinema e vídeos, gostaria de entrar no debate dando algumas sugestões para serem apreciadas sobre o CFJ, já intitulado de ‘controle’ e ‘censura’ e comparado ao período da ditadura.
Primeiro, sugiro que os senhores fiquem pelo menos uma semana em casa vendo todos os canais de TV e seus programas. Note-se que teriam que ser vistos ‘todos’ os programas, incluindo os religiosos, os das tardes de domingo, os filmes e comerciais. Se possível, vejam alguns programas regionais, fora das redes.
Segundo, conseguir a camaradagem de um jornaleiro e passar um dia folheando ‘todas’ as revistas, todos os jornais, vídeos, CDs e DVDs, e ir anotando o que realmente é jornalismo.
Terceiro, conseguir pelo menos umas 50 revistas e uns 50 jornais editados do interior, inclusive do Norte e do Nordeste, e também as publicações religiosas, e anotar como no caso acima.
Quarto, sei que é quase impossível, porém gostaria que pudessem sintonizar e ouvir pelo menos uma hora de pelo menos 100 emissoras de rádio, FM e AM, do interior, incluindo também religiosas e comunitárias, pelo menos por uns 10 dias. Seria preciso ouvir os ‘editoriais’, os debates’ e tudo que os ‘formadores de opinião’ dizem.
Garanto que não seria uma tarefa fácil para um jornalista de nível alto, e posso garantir também que as opiniões não seriam as mesmas depois dessa traumatizante aventura pelos caminhos da mídia.
Modestamente, minha opinião é contrária a qualquer tipo de censura, porém entendo que a mídia é responsável pelo destino da nação. E quando falo de ‘destino’ refiro-me a educação, moral, bons costumes, enfim, tudo o que se refira à ética. E a coisa fica diferente.
Desculpem se posso estar dizendo besteiras. Acontece que, como rodoviário e caminhoneiro aposentado, que rodou por esse Brasil durante mais de 20 anos, tive oportunidade de ficar pasmo muitas vezes diante de tantas barbaridades ‘jornalísticas’ por onde passei. Confesso, tem que haver um controle, sim, e rapidinho.
Rezo para que os bons jornalistas possam trabalhar, suplico aos céus para que os meios de comunicação se desliguem de comprometimentos com estrangeiros ou pessoais, e pensem num Brasil sadio de informação, diversão, cultura e também de religião sem fanatismo.
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Caminhoneiro aposentado e ex-dirigente sindical