Wednesday, 27 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Mídia preocupa pais americanos, diz estudo

Segundo uma pesquisa divulgada na semana passada pela Kaiser Family Foundation, 2/3 dos pais nos EUA afirmam ter muita preocupação com a exposição de seus filhos ao sexo e à violência expostos na mídia, e que, por isso, apoiariam novos limites federais a este tipo de material na TV. O estudo revelou ainda que dois em cada três pais já monitoraram atentamente o que os filhos assistem na televisão, o que jogam e o que buscam na internet. Apenas um em cada cinco pais reconheceu que deveria se empenhar mais nesta tarefa – a mesma quantidade que afirmou que seus próprios filhos vêem muito material inapropriado.

Mas, mesmo que tal preocupação exista, os pais consideram que eles, os professores e os amigos têm mais influência sobre as crianças do que a mídia. Um em cada quatro afirmou que a mídia exerce principalmente uma influência negativa sobre seus filhos; 1/3 disse que esta influência é positiva e uma parcela um pouco maior afirmou que ela tem pouco impacto. Victor Strasburger, professor da Universidade de Medicina do Novo México, alerta, no entanto, que ‘os pais estão se enganando se pensam que têm controle sobre o que seus filhos assistem’.

Três em quatro pais de crianças acima de 9 anos de idade que usam a internet em casa reconheceram que sabem muito pouco sobre o que elas fazem online. Quatro em dez que possuem aparelhos de TV com V-chip, que podem bloquear determinados canais e programas, sabiam do uso da tecnologia. Destes, menos da metade a usam na prática.

Contra a indecência

A Kaiser divulgou a pesquisa – realizada em outubro de 2006 com 1.008 pais de crianças de 2 a 17 anos – em um momento em que é amplo, nos EUA, o debate sobre o impacto de cenas de violência e sexo e de linguagem adulta usadas na TV, na internet, em músicas, videogames e filmes. No início de junho, uma corte federal de apelações invalidou uma proibição da Comissão Federal de Comunicações, órgão que regula o setor de telecomunicações nos EUA, a ‘indecências’ acidentalmente divulgadas na TV. Informações de Alan Fram [Associated Press, 19/6/07].