Muitos dos repórteres do Wall Street Journal não apareceram para trabalhar nesta quinta-feira (28/6) em protesto à possível venda da empresa proprietária do jornal, Dow Jones, para o grupo News Corporation, do magnata Rupert Murdoch. Os profissionais protestam também pela falta de acordo com o novo contrato de trabalho oferecido pela empresa. Os jornalistas voltariam a trabalhar no meio da tarde. A ação, segundo os organizadores, havia sido planejada há dias pela Independent Association of Publishers´ Employees, sindicato que os representa.
Segundo nota de Richard Pérez-Peña no New York Times [29/6/07], não há informações sobre quantos jornalistas teriam participado da ação, ou se a breve paralisação chegou a afetar as operações do Journal. O sítio do diário continuou a publicar notícias durante o dia, parte delas postadas por repórteres da versão online e da agência Dow Jones Newswires.
Mensagem
‘Não estamos pedindo que ninguém pare de trabalhar ou abandone matérias’, afirmou E. S. Browning, repórter e presidente do comitê do sindicato responsável pela negociação do contrato dos jornalistas – que trabalham sem ele desde o fim de março. ‘O objetivo é passar a mensagem de como nos sentimos sobre a ameaça ao jornal, e o fato de que ainda não temos um contrato justo’.
Com o avanço das negociações entre Murdoch e a família Bancroft, que controla a Dow Jones, muitos jornalistas da empresa têm expressado receio de que a venda para a News Corporation prejudique o ‘jornalismo sério’ pelo qual a companhia é conhecida. Murdoch é acusado de priorizar o lucro em detrimento da qualidade jornalística em seus negócios. Pessoas de outros veículos de imprensa nos EUA têm notado crescimento no número de jornalistas do Journal sondando sobre empregos.