Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Cientista insiste em descobrir fontes de jornalistas

A provação do cientista Steven Hatfill na justiça parece não ter fim. O ex-cientista militar que teve seu nome ligado aos ataques com antraz em 2001 acusa o Departamento de Justiça dos EUA de violar a Lei da Privacidade, ao fornecer à imprensa informações sobre a investigação que o FBI conduzia sobre ele.


Os advogados de Hatfill tentam conseguir que o juiz Reggie B. Walton ordene jornalistas que cobriram o caso a identificar suas fontes confidenciais, que vazaram dados sobre a investigação. O juiz começou a ouvir os argumentos dos advogados do cientista nesta terça-feira (3/7). Uma nova audiência deve ocorrer na próxima semana, antes da decisão de Walton.


O advogado Kevin T. Baine, que representa o jornal Washington Post, a revista Newsweek e a emissora ABC-TV, afirma que os repórteres agiram de acordo com o interesse do público ao cobrir a investigação sobre os ataques com antraz e que, por isso, deveriam ser autorizados a proteger a identidade de pessoas que os ajudaram. Já os advogados de Hatfill dizem que seu cliente precisa saber a identidade das fontes para seguir com seu processo na justiça.


Terror em 2001


Cinco pessoas morreram e 17 ficaram doentes pelo antraz, enviado em envelopes a deputados no Capitólio e a profissionais de imprensa em Nova York e na Flórida poucas semanas após os atentados terroristas de setembro de 2001. Hatfill, que trabalhou no laboratório de doenças infecciosas do Exército americano em Maryland de 1997 a 1999, nunca foi formalmente acusado de participação nos ataques, mas foi identificado publicamente como ‘pessoa de interesse’ no caso pelo então procurador-geral John Ashcroft. Informações da AP [4/7/07].