Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Candidato de Putin crê na liberdade da mídia

Grande parte da mídia russa é controlada pelo governo. Os principais canais de TV e os maiores jornais são dominados por grupos e editores pró-Kremlin. Sobra pouco espaço para a marginalizada mídia de oposição: ela luta para sobreviver na internet, no rádio e em jornais de baixa circulação. Para Dmitry Medvedev, entretanto, o país não tem problemas ou conflitos neste setor. Medvedev, 42 anos, é o candidato escolhido pelo atual presidente Vladimir Putin para disputar a presidência da Rússia nas eleições marcadas para o início de março. Em entrevista na semana passada, ele afirmou que a liberdade da mídia é garantida no país, e que visita sítios de internet em busca de notícias no início e no fim de cada dia de trabalho. ‘Há notícias dos principais canais, de canais regionais, canais estrangeiros e também há notícias produzidas em sítios de mídia que se opõem às autoridades’, contou Medvedev sobre suas experiências na rede. ‘[Estes sítios de oposição] podem postar todos os seus vídeos e seus discursos, e geralmente eles dizem coisas desagradáveis sobre as autoridades. Isso garante a independência da mídia de massa, na minha opinião’, declarou o candidato após um discurso na Sibéria. Informações da Reuters [15/2/08].

Irã tenta proibir filme contrário ao Corão

O governo iraniano resolveu intervir para evitar a exibição de um filme holandês crítico ao Corão, livro sagrado dos muçulmanos. O curta, produzido pelo deputado de extrema direita Geert Wilders, é considerado ofensivo pelo Irã. O ministro da Justiça do país, Gholam Hussein Elham, escreveu ao ministro da Justiça holandês, Ernst Hirsch Ballin, pedindo a proibição do filme, intitulado Fitna (provação, em árabe). Segundo Elham, a liberdade de expressão não deveria ser usada como pretexto para o ataque aos valores da religião. Há poucas semanas, Wilders declarou que o curta afirma que o Corão serve de inspiração para assassinatos e é um livro fascista. O deputado já foi alertado de que talvez tenha que deixar a Holanda para sua própria segurança, mas o governo, até agora, recusou-se a intervir no caso, alegando se tratar de uma questão de liberdade de expressão. Em 2004, o cineasta Theo van Gogh foi assassinado por um muçulmano extremista em Amsterdã por causa de um filme que tratava do abuso de mulheres muçulmanas e continha cenas com mulheres quase nuas com trechos do Corão escritos em seus corpos. Informações de Elettra Neysmith [BBC News, 16/2/08].