O governo britânico decidiu suspender anúncios de suas campanhas na comunidade virtual Facebook por não concordar com o modo como as peças são exibidas no sítio. Pelo menos seis grandes companhias do Reino Unido, incluindo a gigante do setor de telefonia celular Vodafone, também retiraram seus anúncios do Facebook recentemente porque eles estavam sendo exibidos próximos a páginas ligadas ao Partido Nacional Britânico, de extrema direita.
O Facebook é uma espécie de Orkut, rede de relacionamentos online mais conhecida pelos brasileiros. Mas, no seu caso, há anúncios publicitários que ‘circulam’ pelos perfis do sítio, em uma espécie de rodízio. Desta forma, as empresas que anunciam pouco podem decidir onde as peças irão aparecer.
Garantias de proteção
O Central Office of Information (COI), agência de marketing e propaganda do governo britânico, afirmou que buscaria garantias de que anúncios em sítios de comunidades virtuais passem a alcançar o público desejado pelo anunciante. O COI possui um dos maiores orçamentos em publicidade na Grã-Bretanha, e afirmou que não voltará atrás em sua decisão de remover as peças até que medidas de proteção sejam tomadas. Segundo Jamie Galloway, diretor de mídia digital do órgão, a suspensão dos anúncios será mantida em qualquer sítio que não oferecer garantias neste sentido.
O Facebook, inicialmente restrito a estudantes americanos, virou febre em diversos países após abrir suas portas a todos os internautas. Hoje, a comunidade conta com mais de 30 milhões de usuários e caminha, rapidamente, ao posto de um dos mais populares sítios da internet. Diante do boicote de diversas companhias britânicas e do governo, a empresa afirmou que dará mais controle aos anunciantes sobre a posição de suas peças.
‘Nós não estávamos completamente preparados para isso, ou teríamos agido para tentar resolver o problema antes que chegasse à imprensa’, afirmou o diretor Owen Van Natta. Segundo ele, o sítio irá formular uma nova tecnologia para permitir que as companhias atinjam seu público-alvo, e disponibilizar também alguns ‘controles adicionais’ para que os anunciantes possam evitar associações indesejadas. Informações da Reuters [7/8/09] e de Jonathan Richards [Times Online, 9/8/07].