Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Depois de compra, magnata reclama de críticas

Agora que já é proprietário da Dow Jones, o magnata de mídia Rupert Murdoch expressou publicamente sua insatisfação com as duras críticas sofridas durante os três meses de negociação para a compra do Wall Street Journal, carro-chefe da companhia. Segundo ele, as acusações chegaram próximas ao nível geralmente usado para ‘tiranos genocidas’. Além da imprensa, políticos democratas e sindicatos americanos expressaram preocupação com a independência jornalística do diário – o segundo mais vendido nos EUA – caso fosse comprado pela News Corporation.


Em conferência com analistas promovida para a divulgação dos resultados financeiros da News Corp, Murdoch revelou – no que foi sua primeira declaração detalhada desde a compra da Dow Jones, por US$ 5,6 bilhões – que tem planos de realizar um corte de custos no valor de US$ 50 milhões. Ele afirmou também que considera dar acesso gratuito ao sítio do Journal; hoje, os internautas têm que pagar taxa anual de US$ 100 pelo conteúdo online. ‘O Wall Street Journal é o maior jornal dos EUA e um dos maiores do mundo’, disse o empresário, insistindo que iria contratar mais jornalistas, e não demiti-los. ‘Por isso pagamos um valor alto por ele e por isso passamos a maior parte dos últimos três meses agüentando as críticas’, desabafou.


Mais lucros


A News Corporation teve aumento de 22% em lucros no trimestre encerrado em junho, o equivalente a US$ 3,4 bilhões, devido a ganhos com as redes de TV Fox News e Sky Italia, e com os jornais britânicos Times, Sun e News of the World. Murdoch planeja vender os jornais locais que a Dow Jones publica na Califórnia e em New England. Informações de Andrew Clark [The Guardian, 9/8/07].


 


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