Representantes de 60 jornais estatais chineses assinaram uma declaração pelo combate à invenção de notícias, com o objetivo de ‘restaurar a credibilidade da mídia’, informou a agência Xinhua. A declaração segue uma controvérsia gerada por uma reportagem falsa apresentada por uma emissora de TV. A matéria dizia que vendedores de rua de um popular bolinho chinês recheado com carne ou vegetais, o bao-zi, estavam fazendo o petisco com recheio de papelão. Para piorar a história, o papelão era amolecido com soda cáustica.
A emissora, posteriormente, admitiu que se tratava de uma informação forjada e pediu desculpas. No domingo (12/8), Zi Beijia, o jornalista responsável pela reportagem, foi condenado a um ano de prisão. Beijia foi acusado de ‘prejudicar a reputação de um produto de consumo’, e também recebeu multa equivalente a US$ 132.
Encontrar a verdade
A matéria falsa sobre os bolinhos com papelão e soda cáustica causou confusão na China, e não apenas porque o bao-zi é popular entre os chineses. O país encontra-se sob escrutínio internacional por acusações de falta de higiene e segurança em alimentos para exportação.
‘A declaração dos jornais afirma que todos os profissionais de imprensa devem ser persistentes em encontrar a verdade dos fatos, lutar contra as matérias fabricadas e garantir a autenticidade das fontes de notícias’, afirmou a Xinhua, sem citar os títulos dos jornais que participam do compromisso. A mídia chinesa é estritamente controlada pelo Partido Comunista. Informações da AFP [12/8/07] e da Reuters [12/8/07].