Até o fim de 2007, consumidores americanos terão gasto mais tempo por dia navegando na internet do que lendo jornais, indo a cinemas ou ouvindo música, concluiu um estudo divulgado na semana passada pela empresa Veronis Suhler Stevenson (VSS). Os anunciantes, atentos a esta tendência, vêm aumentando seu investimento em marketing digital. Se, no ano passado, os dois maiores meios usados para publicidade nos EUA foram o jornal – que movimentou US$ 55,7 bilhões – e a TV – com US$ 48,7 bilhões –, até 2011, prevê a VSS, o veículo preferido dos anunciantes será a internet, com receita estimada na casa dos US$ 60 bilhões.
Por outro lado, esta é a primeira vez, na última década, que o tempo gasto com a mídia diminuiu. Em 2006, o consumo de mídia por pessoa caiu 0,5%, o equivalente a 3.530 horas anuais, comparado ao ano anterior. Isso poderia ser explicado justamente pela tendência de migração do público dos veículos tradicionais para as novas mídias. James Rutherfurd, diretor-executivo da VSS, explica em poucas palavras: a mídia digital requer menos tempo de uso do que a tradicional. Em geral, um telespectador gasta 30 minutos para assistir a um noticiário na TV, mas apenas cinco minutos com vídeos online. Isso contraria as previsões de alguns especialistas de que o uso da internet elevaria o tempo total dedicado pelos consumidores às mídias.
Comportamento
No ano passado, os consumidores passaram a maior parte de seu tempo assistindo à TV e ouvindo rádio – que, juntos, representam 70% do tempo total gasto com mídia. Músicas gravadas representam 5,3%; e jornais e internet, 5%, cada. Segundo o estudo, esta situação deve começar a se inverter em 2007. Este ano, o tempo gasto com internet deve chegar a 5,1%, ultrapassando o com músicas gravadas e leitura de jornais, que deve cair a 4,9%.
Parte desta previsão é explicada por outra tendência encontrada pela VSS: os consumidores gastam cada vez mais tempo com a internet durante o trabalho. Graças a ela, o uso de mídia por trabalhador aumentou 3,2% em 2006, o equivalente a 260 horas. Informações de Paul Thomasch [Reuters, 7/8/07].