De acordo com o governo chinês, o número de usuários de internet no país chegou a 221 milhões, noticia Joe McDonald [AP, 24/4/08]. No começo de 2007, este número era de 137 milhões – o que representa um aumento de 61% no período. Os dados, divulgados pela agência oficial Xinhua News, refletem o crescimento do uso da rede na China, apesar dos esforços governamentais para proibir o acesso online a conteúdo considerado subversivo ou pornográfico.
Segundo a Nielsen Online, nos EUA há também 221 milhões de internautas. A diferença é que neste número estão incluídos apenas os com acesso a computadores em casa ou no trabalho. Já na China, 1/3 dos internautas usa cibercafés para se conectar à rede. A taxa de penetração no território chinês também é baixa, de apenas 16% de pessoas online, comparada à média mundial, de 19%. Nos EUA, a abrangência da rede atinge 71% da população.
Em comércio online e operações financeiras pela internet, a China também fica atrás dos EUA e da Coréia do Sul. ‘O crescimento é contínuo. Mas, mesmo com a China alcançando os EUA no número total de usuários de internet, o país ainda fica atrás no volume de negócios online. Há muitas oportunidades de crescimento’, opina Duncan Clark, presidente da BDA China, empresa de consultoria em tecnologia em Pequim. Segundo a companhia, em 2012, o número de internautas chineses deve chegar a 490 milhões, superando os EUA. As empresas de telefonia celular estão ocupando o mercado de acesso à rede. A China é o país com o maior número de celulares – são 520 milhões no total.
Censura
Pequim promove o uso de internet para negócios e educação, porém aplica uma rígida censura à rede. Internautas já foram presos por divulgar informações online ou enviar e-mails com conteúdo crítico ao regime comunista ou que violem as vagas leis de segurança nacional. Recentemente, sítios como Google, YouTube e outros com vídeos de protestos no Tibete chegaram a ser barrados. Em março, o governo afirmou que fecharia 25 sítios chineses e puniria outros 32 por violar regras, implantadas em janeiro, contra a publicação de conteúdo considerado pornográfico, violento ou que ameace a segurança nacional.