Monday, 25 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Conteúdo gratuito atrai mais leitores

Quase um mês após o New York Times ter encerrado o TimesSelect, serviço de assinatura que dava acesso a conteúdo premium do sítio do diário, o tráfego para áreas que eram disponíveis apenas para assinantes cresce rapidamente. Com colunistas populares como Paul Krugman e Maureen Dowd atraindo milhares de leitores curiosos e fãs, o número de visitantes únicos da seção ‘Opinião’ mais que dobrou; já o de todo o sítio cresceu apenas 10% no mesmo período.


Na semana passada, a seção ‘Opinião’ atingiu o número de 560.057 visitantes únicos (número total de visitantes distintos à página), comparado à quantidade de 245.942 de período anterior, quando o serviço era pago. O número total de visitantes do sitio subiu pouco, de 3,4 milhões para 3,8 milhões. Os artigos opinativos também atraíram o maior número de feedback do público; a maior parte de comentários ou e-mails foi referente às matérias da seção.


Resposta ruim


O TimesSelect foi lançado em setembro de 2005, com acesso exclusivo às seções de opinião, arquivos e palavras cruzadas. A recepção dos leitores não foi muito boa, com menos de 10% deles aderindo ao serviço. Desde seu fim, no mês passado, o NYTimes vem cobrando apenas pelo acesso às palavras cruzadas e ao arquivo de 1923 a 1986. A seção de opinião e os arquivos de 1851 a 1922 e de 1987 até os dias atuais passaram a ser gratuitos.


A administração do diário também citou a crescente importância do Google na decisão de tornar o serviço gratuito, pois a maioria dos internautas chega ao sítio por meio da ferramenta de busca, em vez de ir diretamente ao NYTimes.com. Estes leitores indiretos, no entanto, deparavam-se com uma placa de ‘proibido’ diante dos artigos pagos e entravam cada vez menos no sítio. O jornalão passou a ver estes internautas como uma oportunidade para o sítio ganhar mais pageviews e, assim, mais lucros publicitários. Informações de Alex Patriquin [Compete, 16/10/07].