Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Folhinhas: cadê o QI?

A Folha de domingo passado conta quem são e o que prometem 35 dos 1.207 candidatos às 55 cadeiras da Câmara Municipal de São Paulo. O serviço, com fotos dos 35, ocupa duas páginas e meia do caderno ‘Eleições 2004’.

‘Os nomes surgiram de indicações feitas por personalidades, associações, sindicatos e entidades representativas e atuantes de vários setores da sociedade civil’, informa o jornal. ‘Foram ouvidas 107 pessoas e entidades.’

Estranhamente, a Folha não identificou a turma do QI (Quem Indica). Não era nem necessário ligar os nomes às p’ssoas, esclarecendo quais os três candidatos que a personalidade tal ou a entidade qual escolheu, como lhes foi pedido.

Mas o preço que o leitor paga pelo jornal sem dúvida lhe dá o direito de saber quem este considera os Grandes Eleitores paulistanos, físicos e jurídicos – e os critérios da seleção.



Ki o quê?

No mesmo caderno se lê às tantas o que o ex-presidente Fernando Henrique disse na véspera sobre o seu apoio ao candidato tucano José Serra, ao sair da sinagoga onde o encontrou, e ‘ainda usando um kipar’.

Mais engraçado do que importante, o erro sugere que a repórter ouviu o galo cantar sem saber onde a respeito do nome hebraico, kipá, pelo qual os judeus designam o gorrinho religioso que os cristãos chamam solidéu.

Ou vai ver, não muito segura sobre a grafia da palavra ouvida, ela deduziu por analogia: se o nome da data religiosa que então se comemorava é Yom Kipur, o que os fiéis põem na cabeça só pode ser um ‘kipar’.

[Textos fechados às 16h08 de 26/9]