Thursday, 28 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1316

Folha de S. Paulo

ENTREVISTA / GAY TALESE
Daniel Bergamasco, de Nova York (24/3/2008)


Nos EUA, os piores presidentes não tiveram amantes


Gay Talese está resfriado. Telefona para o repórter da Folha, atendendo ao pedido deixado na secretária eletrônica, e avisa, raspando a garganta: ‘Me resfriei e vou viajar, não posso receber você em casa. Mas posso falar agora sobre o Spitzer, tenho poucos minutos’, diz o escritor de 76 anos, um dos pais do jornalismo literário, autor de reportagens antológicas reunidas nas coletâneas ‘Aos Olhos da Multidão’ e ‘Fama e Anonimato’ e de obras como ‘O Reino e o Poder’, sobre o ‘The New York Times’, onde atuou como repórter.


Talese diz que a sociedade americana não está mais ou menos moralista desde que ele publicou em 1980 ‘A Mulher do Próximo’, livro-reportagem que retrata a transformação sexual e moral dos Estados Unidos entre as décadas de 1960 e 1970. Contudo, diz, a mídia repete tanto as informações sobre escândalos sexuais que faz que as pessoas se importem com eles, como no caso do ex-governador de Nova York Eliot Spitzer, que, casado, renunciou no último dia 12 após confirmar que era cliente fiel de uma rede prostituição. Nesse caso, afirma Talese, o escândalo foi bem-vindo. ‘Não é que ele esteja vivendo uma vida tão diferente de muitas outras pessoas, tendo uma prostituta, uma amante. Mas a diferença é que ele preconizava uma posição de moralidade, ele quis fechar bordéis, e aí aparece que ele era cliente de bordéis. É bom que ele seja exposto’, diz o escritor.


***


O que mudou no moralismo americano entre ‘A Mulher do Próximo’ e o escândalo sexual do governador Eliot Spitzer?


TALESEO moralismo não mudou. A mídia mudou.


De que forma?


TALESE – Quando escrevi ‘A Mulher do Próximo’, a mídia não discutia tanto infidelidade, não transformava a vida privada das pessoas em colunas de notícias. John Kennedy foi presidente dos Estados Unidos e teve muitos casos, mas ninguém escrevia sobre sua vida sexual. Havia rumores, mas isso nunca foi conhecido, como foi com Bill Clinton, ou agora, com o governador de Nova York, ou com o senador [Larry] Craig, o homossexual [que renunciou após assediar um homem em banheiro de aeroporto, em 2007]. Na França, quando François Mitterrand foi presidente, não havia discussão sobre seu filho ilegítimo. Mas a mídia americana publica hoje sobre qualquer coisa.


Os eleitores levam em conta o comportamento sexual do candidato?


TALESE – Não acho que faz diferença nenhuma desde que não se relacione com seu trabalho. John Kennedy foi um presidente muito bom e tinha amantes. Bob Kennedy, seu irmão, tinha amantes. Eram casados e tinham amantes. Lyndon Johnson tinha amantes. Eisenhower. Todos nossos bons presidentes tinham amantes. O presidente Richard Nixon não tinha amantes e foi um presidente ruim. Esse cara, George W. Bush, é um presidente ruim. E não tem amantes. Entende? Bill Clinton foi muito bom e teve. Os piores presidentes são os que não tiveram amantes. Nixon foi o pior de todos os tempos. E Bush é o segundo pior. Se Bush tivesse amantes, talvez não estaria matando tanta gente no Iraque e tendo essa política de destruir a vida de tanta gente.


O senhor quer dizer que, se a vida sexual de Bush fosse menos comportada, seu governo seria melhor?


TALESE – Não digo que seria melhor, mas quando você olha… Os bons presidentes não eram pessoas que se ‘comportavam’ sexualmente. Martin Luther King tinha muitas amantes. Matin Luther King! Nós temos um feriado para ele, ele é um herói nacional. E tinha muitas amantes. Muitas. Ele era um cara mau? Não, não era.


O desrespeito da privacidade dos políticos é sempre ruim?


TALESE – Depende. Não é bom ou ruim. O que você quer dizer com bom ou ruim? Spitzer é um hipócrita, e é bom que ele seja exposto como hipócrita. Não é que ele esteja vivendo uma vida tão diferente de muitas outras pessoas, tendo uma prostituta, uma amante. Mas a diferença é que ele preconizava uma posição de moralidade, ele quis fechar bordéis, e aí aparece que ele era cliente de bordéis. É bom que ele seja exposto. O outro cara que o substituiu [David Paterson] diz que não tem um casamento perfeito. Mas quem tem? Pelo menos ele trouxe um pouco de verdade para o governo. Spitzer é um hipócrita.


Como repórter, hoje em dia, você publicaria matérias sobre esse escândalo?


TALESE – Não vou dizer que não publicaria, porque, se alguém mais publicar, você tem que publicar. Você não pode fingir que não viu, porque todo mundo sabe sobre isso, está na televisão, nos websites. Se você está no negócio de publicar jornais, tem que publicar o que é considerado notícia. É que hoje em dia tudo é notícia, o que não acontecia 30 anos atrás. É bom ou ruim? Eu não sei. O que acontece é que pelo menos força as pessoas a viverem em coerência com o que dizem.


O sr. avalia mesmo que nada mudou moralmente na sociedade? ‘A Mulher do Próximo’ mostra, por exemplo, a revista ‘Playboy’ como algo chocante e depois mais respeitada, mas hoje em dia a revista é uma instituição americana.


TALESE – Eu mostrava como aquilo mudou naquela época. Nós tivemos mudança real nos anos 1960 e 1970, quando escrevi aquele livro. Pouca coisa mudou desde então. Exceto que a mídia fala mais sobre sexo agora porque há mais liberdade para isso. Mas você não vê pessoas tendo relação sexual com penetração na TV, não ouve certas palavras na TV. Há restrição sobre o que você pode dizer, o que você pode ver. Você não pode ver homem nu na TV mostrando o pênis, não pode. No Brasil também não pode, tenho certeza.


Mas, se a mídia muda, a percepção da sociedade não muda juntamente com ela?


TALESE – Eu acho que a mídia mantém a história viva. Quando Bill Clinton teve uma pequena vida sexual com Monica Lewinsky, isso não tinha nada a ver com o trabalho dele como presidente. Não ocupou muito tempo dele. Mas a mídia fez uma história enorme, e aí as pessoas começam a se importar. Lembra que o papa João Paulo 2º estava visitando [Fidel] Castro naquela época? Ele estava indo para Havana e toda a mídia estava lá para cobrir o papa. Quando houve o rumor de que o presidente Clinton teve esse pequeno caso sexual no Salão Oval, todo mundo deixou Havana. Toda a mídia foi embora. E o papa não tinha com quem falar. Não havia cobertura de Castro encontrando o papa. A mentalidade da mídia está toda voltada para escândalos sexuais. A mídia conduz a história.


Por quê?


TALESE – Sexo não é complicado. Política é complicado. Na campanha, veja, as pessoas não ligam para propostas. Elas gostam de histórias simples, escandalosas, com o mais baixo, o menor denominador comum. E a mídia provê isso. A mídia é que conduz a história.


Mas por que o governador renunciou, se as pessoas não se importam tanto assim?


TALESE – A mídia faz as pessoas se importarem, porque repete, repete, repete e repete a história. Fica batendo até a morte. A mídia quer manter a história. Acho que é bom que Spitizer tenha sido exposto como hipócrita, porque é. Já Bush não é um hipócrita sexual, mas é hipócrita em várias outras formas.


Em que formas?


TALESE – Ele diz que estamos tentando levar democracia para o mundo. E não estamos. Estamos invadindo o mundo, forçando eles [outros países] a se ajustarem a nossa política. A administração de Bush critica os chineses em direitos humanos, e nós invadimos os países de outras pessoas e levamos atrocidades para esses países. Não estamos em uma posição em que podemos dizer que somos melhores que os outros. Somos piores, de certo modo.


 


A alcova entrou na política


Os segredos de alcova agitaram a política americana nas últimas duas semanas.


Capítulo 1: Descobre-se que o governador de Nova York, Eliot Spitzer, se encontrava freqüentemente com uma prostituta de 22 anos, ligada a uma rede de prostituição para a qual ele repassou cerca de US$ 80 mil de origem controversa.


Capítulo 2: Spitzer leva a mulher, Silda, para anunciar que estava renunciando ao cargo.


Capítulo 3: O Brasil entra na trama. O tablóide ‘New York Post’ publica que a cafetina brasileira Andreia Schwartz, 33, que estava presa por porte de drogas e outros crimes, delatou o esquema da rede de prostituição na investigação que derrubou o governador. Ela havia trabalhado para a rede como prostituta antes de abrir o próprio negócio.


Capítulo 4: O novo governador, David Paterson, 53, casado há 15 anos, assume que já traiu a mulher. Várias vezes. Com uma das amantes por três anos. E a mulher também já o traiu. Mais: como eles se livraram da crise no casamento? Indo ao mesmo hotel da traição para introduzir ‘coisas novas e excitantes’ na relação.


Cenas dos próximos capítulos: Andreia, de volta ao Brasil neste fim de semana, deportada após quase dois anos de cadeia, vai contar tudo? Qual dos casos antigos de Paterson será o próximo detalhado nos tablóides americanos? Por onde anda Spitzer? Os EUA estão atentos a cada resposta. (D.B.)


 


COBERTURA DE GUERRA
Clóvis Rossi


Desconfiar. Sempre


‘SÃO PAULO – Já foi quase tudo dito sobre a Guerra do Iraque, cinco anos após a invasão. Só faltou, acho, uma palavrinha sobre jornalismo, afinal, o único assunto de que entendo algo, menos do que gostaria e deveria, mas algo.


O jornalismo norte-americano cometeu, cinco anos atrás, o pecado mortal de aceitar acriticamente a informação de que havia armas de destruição em massa no Iraque de Saddam Hussein. Tampouco me pareceu suficientemente enfático em estabelecer a diferença entre a delinqüência da Al Qaeda e a delinqüência de Saddam Hussein.


Admito até uma atenuante no pecado, que, no entanto, não o apaga.


Não havia muita chance de contrapor informações do outro lado, ou por indisponíveis ou por inconfiáveis. Saddam Hussein podia jurar que não tinha as tais armas que ninguém acreditaria. Deu-se então o mais trágico crime ético da guerra: a ditadura disse a verdade, a democracia mentiu.


Do meu ponto de vista, fica uma lição que empiricamente já havia aprendido: o jornalismo deve desconfiar sempre do governo, de qualquer governo. Mesmo que ele se enrole na bandeira, como foi o caso nos EUA, e tente estabelecer que pátria e governo são a mesma coisa. Nunca são.


Desconfiar mesmo quando o governo é popular. É bom lembrar que, em março de 2003, pesquisa publicada pelo ‘Washington Post’ mostrava que 71% dos norte-americanos eram favoráveis à guerra.


Desconfiar sempre do governo, ainda que injustamente, dificilmente fará a ele próprio um mal irreversível, além de fazer bem ao jornalismo. Distrair-se, ainda que eventualmente, e aceitar como verdadeiras as afirmações/informações de um governante podem causar males irremediáveis.


Nas crises, então, o ceticismo é o melhor, talvez único, anteparo para a propaganda a que todo governo inexoravelmente recorre.’


 


DENÚNCIA
Folha de S. Paulo


Revista afirma que governo tem dossiê sobre as despesas de FHC


‘Reportagem publicada ontem pela revista ‘Veja’ afirma que o Palácio do Planalto montou um dossiê que detalha gastos da família do então presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).


Os documentos estariam sendo usados para intimidar a oposição na CPI dos Cartões Corporativos. A Casa Civil negou a existência de um dossiê sobre os gastos de FHC. O ministro Jorge Hage (Controladoria Geral da União) disse desconhecer os documentos: ‘Minha função não é preparar dossiê’.


Segundo a revista, o governo teria reunido dados sobre gastos de FHC, da primeira-dama Ruth Cardoso e de assessores por meio de contas tipo B em 1998, 2000 e 2001. Haveria insinuações sobre o desvio de recursos públicos para a campanha que reelegeu FHC em 1998. À ‘Veja’, FHC classificou o dossiê de ‘uma chantagem feita a partir do Palácio do Planalto’.


A reportagem -que se apóia em algumas informações divulgadas anteriormente pela Folha- exibe o fac-símile de um ‘Relatório de Suprimento de Fundos’ de 1998 sobre a aquisição de 180 garrafas de champanhe Chandon. O dossiê teria 23 referências a gastos de Ruth Cardoso -a revista exibe um fac-símile de 2001 sobre despesas de locação de veículos.


Outro fac-símile mostra uma diária de R$ 1.231 do ex-ministro da Justiça Aloysio Nunes Ferreira no hotel Copacabana Palace. Aloysio diz ter ido ao Rio a trabalho.’


 


ESCÂNDALO
Mônica Bergamo


Prisão domiciliar


‘A família da cafetina Andréia Schwartz, apontada como testemunha no escândalo do governador de NY, Eliot Spitzer, diz estar chateada com a vizinhança que ‘só quer faturar’ com o caso. Uma vizinha armou na garagem uma barraquinha com comes e bebes para vender a jornalistas que fazem vigília no local. ‘Todo mundo adora ver uma ‘festa’, enquanto estamos vivendo presos na nossa própria casa’, diz o padrasto de Andréia, Adriano Lemke.’


 


LIVROS
Marcos Strecker


Estudo ataca mito da missão francesa


‘A discussão não é nova. Em 1957, o crítico Mario Pedrosa já investia contra o confortável conceito de uma missão francesa oficial que teria trazido para a corte de dom João 6º artistas como Debret, Nicolas-Antoine Taunay e Grandjean de Montigny. Agora, reunindo o trabalho acumulado de pesquisadores e acrescentando novos documentos, a historiadora Lilia Moritz Schwarcz pretende derrubar definitivamente um dos mitos fundadores do Brasil.


Nunca houve a famosa ‘Missão Francesa’.


Encerrando oito anos de trabalho, Schwarcz lança ‘O Sol do Brasil’, minucioso estudo sobre a difícil e mal compreendida passagem da colônia de artistas franceses pelo Brasil joanino, tendo como fio condutor a biografia do maior pintor do grupo: Nicolas-Antoine Taunay (se você pensou em Debret, se enganou).


Taunay e outros artistas se autoconvidaram, não foram recrutados, e esse é apenas um dos mal-entendidos que cercaram esse grupo organizado pelo influente Joachim Lebreton, dirigente da academia de artes francesa.


Ele, como os outros membros da comunidade que registrou em imagens as glórias francesas no período, caiu em desgraça e fugia das perseguições que se seguiram à queda de Napoleão.


Trópicos difíceis


Schwarcz procura explicar os ‘trópicos difíceis’ de Taunay. Ela demonstra que a expressão ‘missão’ só foi introduzida em 1916 por Afonso Taunay (bisneto do pintor) e faz um minucioso levantamento do fascínio que o Brasil ‘edênico’ exerceu desde o século 16.


Além do interesse econômico, a força do imaginário paradisíaco levou os franceses a duas tentativas frustradas de colonização (a França Antártica no Rio e a França Equinocial no Maranhão).


Moldados na França revolucionária, preparados para a arte a serviço do Estado, os artistas que evitavam a crise durante a Restauração (dos Bourbons) se defrontaram no Brasil com uma sociedade iletrada e de relações precárias, marcada pela escravidão.


Taunay, o veterano e mais reputado do grupo, já na faixa dos 60 anos quando aqui chegou em 1816, viu além disso ser frustrada sua expectativa de dirigir uma futura academia de belas-artes.


Paisagista refinado, o artista introduziu com ironia pequenas figuras do cotidiano que faziam o contraponto a um lugar idealizado. Sempre se sentiu torturado com a escravidão. Também com ironia se retratou em alguns quadros como um pequeno personagem.


‘Ele é um rousseauniano, trabalha com a idéia de que a natureza civiliza, o que vai emplacar no Segundo Reinado’, diz Schwarcz, autora de ‘As Barbas do Imperador’ (Prêmio Jabuti de melhor ensaio em 1999). ‘Taunay leu todo o pensamento ilustrado e todos os viajantes. Mas se desanima totalmente. É um pintor que representa um drama, carrega um paradoxo’, afirma.


O velho e o novo mundo


O livro pretende mostrar que o artista desenvolveu alegoricamente o diálogo entre o velho e o novo mundo, foi uma figura ambígua que encarnou uma certa incompreensão entre os dois universos.


‘Como o Frans Post, ele mostra os escravos de maneira diminuta. Por mais que seja uma imagem pacífica, ele cria nos detalhes pequenas subversões da hierarquia’, afirma a autora.


No Brasil, Taunay tentou adaptar a paisagem tropical aos seus códigos forjados no neoclassicismo, na tradição paisagística e na sua passagem como pensionista em Roma. Nunca se desligou da França e mandava suas pinturas aos salões oficiais. Mas os trópicos de Taunay não foram bem compreendidos na Europa.


Quando voltou ao seu país (em 1821), o romantismo estava em ascensão, e novamente Taunay ficou deslocado, ainda que tenha se reintegrado à academia, da qual de fato nunca se desvinculou.


Foi com a sua família, curiosamente, que ele cumpriu sua missão no Brasil. Quatro filhos permanecerem e deixaram descendentes (como o o já citado historiador Afonso Taunay). Um dos filhos, Félix, acabou ocupando cargo proeminente na Academia Imperial de Belas Artes.


Outro deles, Adrien, foi desenhista e ocupou importante papel na iconografia deixada pela expedição Langsdorff, nos anos 1820, antes de morrer afogado.


O SOL DO BRASIL


Autora: Lilia Moritz Schwarcz


Editora: Companhia das Letras


Quanto: R$ 55 (400 págs.)’


 


Folha de S. Paulo


Viúva de Che lança livro sobre sua vida com guerrilheiro


‘Aleida March, a viúva de Ernesto Che Guevara, apresentou anteontem, em Havana, seu livro ‘Evocación’ (lembrança), sobre a relação entre os dois. Aleida, 71, casou-se com Che em 1959 e conviveu com ele até 1965. Tiveram quatro filhos.


Ela dedicou o livro a seus filhos; a Fidel, a quem disse dever tudo; e ao cineasta Alfredo Guevara, que assina o prólogo -e que não tem parentesco com Che. ‘Nunca dei uma entrevista, aqui está escrito tudo o que tenho que dizer’, afirmou a viúva.’


 


TELEVISÃO
Gustavo Fioratti


‘Mudando de Conversa’ reúne Gullar e Gabeira


‘‘Uma conversa de bar.’ É assim que Daniel Filho, diretor artístico da Globo Filmes, resume o perfil de sua nova criação para a TV, o programa ‘Mudando de Conversa’, que estréia hoje, às 20h, no Canal Brasil.


Com a já conhecida fórmula ‘bate-papo descontraído entre personalidades’, segue formato consagrado na TV paga. O primeiro episódio traz Ferreira Gullar e Fernando Gabeira relembrando situações de exílio do regime militar.


Daniel Filho conta que a idéia surgiu durante a gravação dos extras para o filme ‘Primo Basílio’, de sua direção. Ele estava relembrando, com Glória Pires, histórias pessoais, como quando desclassificou a hoje famosa atriz em um teste de início de carreira.


‘Aquela conversa dava jogo para um programa. Outras duplas que tivessem afinidades poderiam render mais episódios’, conta. Para dirigir o programa e ajudá-lo a elaborar a pauta e a lista de convidados, Daniel chamou a jornalista Maria Lucia Rangel. Os próximos programas trazem as duplas Glória Pires e Daniel Filho, José Wilker e Sonia Braga e Zuenir Ventura com Luis Fernando Veríssimo.


Ainda estão para ser gravados Bibi Ferreira com Hebe Camargo, MV Bill e João Moreira Salles e Danuza Leão e Nelson Motta, entre outros.


Com orçamento em torno de R$ 10 mil por episódio, o programa é considerado por Daniel Filho como algo inusitado em sua carreira. ‘É uma tentativa de novos caminhos, que permitam mais liberdade do que a TV aberta dá. Aqui, eu não preciso pensar em entretenimento puro, não estou preocupado em competir com [os seriados] ‘Lost’ ou ‘24h’, diz.


Entre as preciosidades pescadas pelo ‘Mudando de Conversa’, Daniel cita uma revelação de Sonia Braga. Ela confessa a José Wilker ter sido ‘apaixonada’ por ele. ‘Rolou uma espécie de saia justa’, brinca Daniel, reforçando as palavras ‘saia justa’, em referência ao bate-papo vizinho, da GNT.


MUDANDO DE CONVERSA


Onde: Canal Brasil


Quando: sáb., às 20h; dom., às 12h30; sex., às 18h30′


 


Folha de S. Paulo


Briga causa demissão de apresentador


‘O apresentador do ‘Aqui Agora’ Herberth de Souza foi demitido anteontem do SBT após dar um soco no produtor Renato Coimbra.


A briga aconteceu enquanto o programa exibia uma reportagem. Entre outros motivos, divergências em relação à posição de Herberth no cenário teriam causado a briga.


Segundo testemunhas, os dois tiveram que ser separados por funcionários da emissora. Albino de Castro, diretor do programa, pediu para Herberth sair do estúdio. Ele foi demitido no mesmo dia.


A assessoria do SBT confirmou o caso. Coimbra e Souza não foram localizados.’


 


INTERNET
Folha de S. Paulo


Site YouTube divulga melhor vídeo musical


‘Um vídeo amador, de um garoto com voz de barítono cantando sua composição ‘Chocolate Rain’, transformou seu autor, Tay Zonday, em uma celebridade da internet e rendeu-lhe o YouTube Video Awards (prêmio do site para vídeos criados por usuários) na categoria música, em votação dos próprios usuários.


‘É o novo [prêmio] Emmy’, disse Zonday, 25, em entrevista à Associated Press. ‘É o próximo Oscar. Será interessante ver o que acontecerá daqui a dez anos.’ O YouTube Video Awards tem 12 categorias (entre elas esportes, comédia e comentário) com seis concorrentes cada uma. Entre os demais vencedores estão um bebê risonho, na categoria ‘adorável’, e um jogo ‘Tetris’ feito com pessoas, na categoria ‘criatividade’.’


 


CELEBRIDADE
Folha de S. Paulo


Bob Dylan se veste de mulher e passeia de bicicleta no Uruguai


‘O cantor norte-americano Bob Dylan se disfarçou de mulher, anteontem, para passear de bicicleta por Punta del Este, no Uruguai. Ele encerrou, na noite de anteontem, a sua turnê latino-americana, que passou também por Rio e São Paulo.


Segundo informações do setor de relações públicas do hotel Conrad à agência de notícias France Presse, Bob Dylan ‘aproveitou o bom clima e a tranqüilidade do balneário e saiu para dar um passeio de bicicleta, disfarçado de mulher para evitar a perseguição de fanáticos e da imprensa’.


Com agências internacionais’


 


 


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Folha de S. Paulo – 2


O Estado de S. Paulo – 1


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