Estudantes chineses que moram no exterior lançaram um sítio ‘anti-CNN’ para expor a suposta ‘cobertura parcial’ da mídia ocidental sobre os distúrbios no Tibete. A página classifica a emissora americana CNN como a ‘líder dos mentirosos’ e cita o que chama de ‘erros’ nas reportagens do canal e de outros veículos ocidentais, entre eles a rede britânica BBC e jornais alemães.
As manifestações contrárias ao controle da China sobre o Tibete tiveram início na capital, Lhasa, em 14/3 – em ‘comemoração’ ao aniversário de um levante mal-sucedido em 1959, que culminou na ida do líder espiritual Dalai Lama para a Índia. Segundo o governo do Tibete, no exílio, pelo menos 140 pessoas foram mortas em confrontos com a polícia e Exército; já as autoridades chinesas alegam ter havido apenas 20 mortes.
O sítio surge em um momento em que a China tenta controlar ao máximo a cobertura noticiosa e intensifica as críticas à mídia internacional. Em uma carta aberta que já foi retirada da página, o anti-cnn.com pedia que todos os chineses protestassem contra a ‘mídia ocidental nazista de Goebbels’ – em referência a Joseph Goebbels, ministro de Propaganda do ditador alemão Adolph Hitler – enviando cartas e e-mails a organizações de mídia internacionais pedindo que elas se desculpem pelas ‘falsas reportagens’ sobre o Tibete. Informações da AFP [26/3/08].