O governo do Egito ordenou a apreensão de exemplares de uma edição especial da revista alemã Der Spiegel, acusada de insultar o Islã e o profeta Maomé. A edição de 25/3 colocava o Islã como uma ramificação do Cristianismo e continha imagens e comentários considerados ofensivos ao profeta, entre eles citações de um ‘alemão orientalista’ para quem o Islã incita a violência e o terrorismo, explicou esta semana o diário estatal al-Gomhuriya.
A decisão de proibir a circulação da revista foi tomada pelo ministro da Informação, Anas al-Fiqi, com o objetivo de ‘defender os valores islâmicos e combater as tentativas de prejudicar o profeta, a religião muçulmana e as religiões em geral’, completou o jornal. O ministro ressaltou que o Egito não poderia permitir uma publicação danosa às religiões monoteístas, completando que este tipo de material ‘não tem nenhuma relação com a liberdade de informação de que fala o Ocidente’.
Em fevereiro, o país proibiu a venda de quatro jornais internacionais – os alemães Frankfurter Allgemeine Zeitung e Die Welt, o britânico The Observer e o americano Wall Street Journal – pela publicação de cartuns do profeta. O Islã não permite a representação gráfica de Maomé e Alá. Informações da AFP [2/4/08].