A UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG), após quase três anos de trabalhos terminou parte do projeto de catalogação, conservação e preservação de um acervo significativo de obras raras. Estão relacionados quase quatro mil títulos na base de dados do Sistema de Bibliotecas da universidade. O projeto começou em 2006 com um investimento de R$ 332 mil, bancado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Deve continuar, de acordo com a diretora do Sistema de Bibliotecas da UFMG, Maria Elizabeth de Oliveira Costa. Vai depender de novos recursos financeiros, pois ainda existem mais de mil obras não contempladas no projeto do BNDES.
O novo ambiente, localizado no quarto andar da Biblioteca Universitária, contém raridades como uma obra do século 17, em pergaminho (pele de animal, geralmente de cabra, cordeiro, carneiro ou ovelha). O espaço é climatizado, possui área específica para pesquisas e pode receber até 30 pessoas por dia. Além da obra em pergaminho, o acervo tem documentos históricos que vão dos séculos 16 ao 20.
O projeto restaurou duas preciosidades singulares. A árvore genealógica da família Fonseca, em pergaminho, publicada em 1643. E a coletânea de cartas e documentos, com datas que vão de 1700 até 1900, assinados por personalidades históricas, tais como dom João VI, José Bonifácio de Andrade, dom Pedro I, Tiradentes, Thomas Antonio Gonzaga, Alvarenga Peixoto e Claudio Manoel da Costa. Todo o acervo pode ser consultado pela internet.
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Jornalista e escritor, Belo Horizonte, MG