O magnata da mídia Rupert Murdoch está com planos de começar a cobrar, dentro de um ano, pelo acesso ao conteúdo dos sítios da News Corporation, para ‘consertar’ um modelo de negócios que ‘não funciona bem’, noticia Andrew Clark [The Guardian, 7/5/09]. Encorajado pelo aumento nos lucros com assinaturas online do Wall Street Journal, Murdoch afirmou na semana passada que os diários estavam passando por um debate ‘épico’ sobre se o conteúdo online deve ser cobrado ou não. ‘Está claro afirmar que é possível cobrar pelo conteúdo na rede com a experiência do Wall Street Journal‘, disse ele, que estaria pensando em cobrar taxas para as versões online de jornais britânicos como Times, Sunday Times, Sun e News of the World.
A cobrança parece vir em boa hora. Os lucros operacionais do primeiro trimestre da News Corporation caíram 47%, para o valor de US$ 755 milhões. Neste mesmo período, os lucros publicitários dos jornais no Reino Unido caíram 21%. Na TV também não foi diferente; os lucros registraram queda. Ainda assim, Murdoch está otimista. ‘Não sou economista, mas posso dizer que o pior já passou. Há sinais encorajadores de alguns de nossos negócios de que tudo começa a ficar melhor’.
Ao longo do ano passado, a News Corporation cortou três mil empregos, mas, segundo Murdoch, poucos jornalistas foram afetados. A divisão de filmes e entretenimento obteve 8% de aumento nos lucros, subindo para US$ 282 milhões, com o canal Fox News nos EUA tendo ajudado a puxar estes números por conta de assinaturas de TV a cabo em 30%. Já a sua divisão de mídia interativa, que inclui a rede de relacionamentos MySpace, apresentou pouco retorno financeiro. A administração do sítio foi substituída recentemente, mas Murdoch negou que tenha sido por conta da competição com o rival Facebook.