Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Jornalistas americanas serão julgadas em junho

A Coréia do Norte anunciou que as duas jornalistas americanas presas no país desde março serão julgadas em 4/6. Laura Ling e Euna Lee, que trabalham para a emissora interativa Current TV, fundada pelo ex-vice-presidente dos EUA Al Gore, foram detidas perto da fronteira com a China. Elas pretendiam apurar informações sobre os refugiados norte-coreanos que atravessam para o país vizinho em busca de comida, remédios, trabalho ou simplesmente para fugir.


Agências de notícias sul-coreanas chegaram a reportar que as duas jornalistas teriam recebido ordem de prisão depois que não atenderam a ordens de soldados norte-coreanos para parar de filmar na fronteira próxima ao rio Tumen. O governo do país chegou a dizer que havia detido Laura e Euna por ‘atos hostis’, sem especificá-los, e por entrar ilegalmente na Coréia do Norte.


Organizações internacionais em defesa dos direitos humanos e da liberdade de imprensa já pediram a Pyongyang que liberte as repórteres – que podem ser condenadas a até 10 anos de trabalhos forçados pela acusação de ‘atos hostis’. Analistas políticos afirmam que o governo norte-coreano usa as jornalistas americanas como ficha de barganha para dar início a negociações com os EUA sobre seus testes com lançamentos de mísseis. Hoje, Washington não tem laços diplomáticos com a Coréia do Norte – os contatos sobre a situação de Laura e Euna são feitos por intermédio da embaixada da Suécia. Informações de Simon Martin [AFP, 14/5/09].